O aguardado plano provisório de mobilidade para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deverá ser apresentado "dentro de dias", muito provavelmente na próxima sexta-feira, anunciou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, reafirmando que a autarquia tem estado em contacto permanente com o Governo para acertar todos os detalhes. Mas se o plano de mobilidade é da responsabilidade do Governo, à Câmara coube definir o plano de acessibilidades na cidade: "Vamos ter dois momentos: um mais dentro da cidade, nos dias 1, 3 e 4, em que vamos ter de fechar algumas vias, sobretudo na Avenida da Liberdade, porque tudo se está a passar ali, no Parque Eduardo VII. Mas, depois, no fim de semana, a cidade fica com maior mobilidade, porque tudo se vai passar junto ao rio Tejo", revelou o autarca.
De facto, o plano provisório de acessibilidade em Lisboa durante a JMJ, a que a CNN Portugal teve acesso, prevê diferentes níveis de condicionamento em Lisboa:
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No dias 1, 3 e 4 de agosto (terça, quinta e sexta-feira) o trânsito estará completamente interrompido desde o Terreiro do Paço ao Parque Eduardo VII, abarcando a Avenida da Liberdade.
A Zona Vermelha - com restrição absoluta de circulação - é definida pelas seguintes artérias:
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Nesses dias, haverá ainda restrições à circulação rodoviária na zona em volta destas artérias principais. Os eixos rodoviários que definem a Zona Amarela nestes dias são:
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Nesta Zona Amarela, estará, no entanto, garantida a circulação a:
Atenção: bicicletas de aluguer (incluindo GIRA) e trotinetes de aluguer não poderão circular para e no interior do perímetro da Zona Amarela.
Na Zona Verde, que tem um perímetro ainda mais alargado, será possível a circulação sem qualquer tipo de controlo. No entanto, por motivos de congestionamento e circulação pedonal mais intensa, em determinados períodos do dia, poderá haver cortes pontuais devido à presença de determinados eventos associados à JMJ 2023 e à circulação de tráfego pedonal, o perímetro estará condicionado.
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Para o dia 2 de agosto não estão previstas restrições à circulação em Lisboa.
Dias 5 e 6 de agostoNos dias 5 e 6 de agosto (sábado e domingo), as restrições incidirão sobre a zona junto ao Parque Tejo/Trancão.
O perímetro da Zona Vermelha, com restrição absoluta de circulação, será definido pelas seguintes vias:
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O perímetro da Zona Amarela (com as mesmas condições atrás enunciadas) será definido pelas seguintes vias:
Há, ainda, um perímetro mais alargado (Zona Verde) onde poderá haver condicionamento ao trânsito.
Dia 6 de agostoNo dia 6 de agosto, está prevista uma atividade com o Papa junto ao rio mas em Algés, sendo esta, portanto, a zona mais afetada.
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Entretanto, numa nota enviada à Lusa, fonte da Câmara Municipal de Lisboa explica que estes constrangimentos não vão afetar moradores, comerciantes, trabalhadores, peregrinos e turistas, ressalvando que a circulação pedonal estará sempre assegurada. “Os mesmos condicionamentos garantem a circulação de veículos de emergência, transporte de medicamentos, transporte de pessoas com mobilidade reduzida, acesso a assistência médica mesmo nos momentos em que os eventos acontecem”, refere a autarquia.
A Câmara de Lisboa explica que este plano foi desenvolvido em conjunto com a PSP e que as medidas estabelecidas “garantem que a cidade e os seus operadores económicos não vão parar”. “Exemplo disso é a criação de duas janelas horárias para o abastecimento de todos os estabelecimentos, quer em horário noturno (das 00:00 às 07:00), quer na manhã dos eventos, em que o abastecimento poderá acontecer entre as 07:00 e as 10:00. Fora do horário dos eventos principais, acima referidos, o acesso automóvel a moradores e trabalhadores não será afetado”, indica a nota.
Nas breves declarações à imprensa, esta terça-feira, Carlos Moedas mostrou-se optimista no que toca aos preparativos para a JMJ: "Estamos preparados", garantiu. "Temos estado a falar com os comerciantes, com os restaurantes, com a nossa economia. Para mim é importante que todos os comércios estejam abertos nessa altura", explicou.
"Do que vimos noutras jornadas, as pessoas ficam mais dias, se ficarem sete ou oito dias e gastarem 30 ou 40 euros, estamos a falar de 300 ou 400 euros a multiplicar por um milhão de pessoas. É para a cidade um impacto absolutamente único e extraordinário", previu.
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