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Deslizamento de terras em Valença limita velocidade do comboio na Linha do Minho

Velocidade de circulação do comboio foi limitada como medida preventiva "a 10 quilómetros por hora” no troço de acesso à ponte centenária que liga a cidade de Valença, no distrito de Viana do Castelo a Tui, na Galiza

Um deslizamento de terras em Valença obrigou este domingo a Infraestruturas de Portugal (IP) a limitar a velocidade da circulação ferroviária na Linha do Minho num troço a cerca de 300 metros da ponte internacional de ligação à Galiza. 

Contactada pela agência Lusa, fonte da IP adiantou que como medida preventiva foi limitada a velocidade de circulação do comboio, a 10 quilómetros por hora” naquele troço de acesso à ponte centenária que liga a cidade de Valença, no distrito de Viana do Castelo a Tui, na Galiza.

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A mesma fonte adiantou que os técnicos da IP “estão no local a acompanhar a situação e que serão tomadas outras medidas, caso venham a ser necessárias para garantir a circulação naquela ligação internacional”.

Também contactado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Valença, José Manuel Carpinteira, considerou que a linha férrea, naquele troço, “ficou fragilizada, considerando não existirem condições de segurança para a circulação do comboio”.

No entanto, o autarca sublinhou que é a IP que cabe decidir sobre a matéria.

O autarca adiantou que a autarquia já tem técnicos municipais no local a remover as terras que impedem a circulação viária na rua da Rainha, no lugar de Urgeira, bem como a resolver outras ocorrências, como inundações e queda de árvores que ocorreram durante a noite, devido à chuva e vento intensos que se fizeram sentir.

Nenhuma das ocorrências, referiu, José Manuel Carpinteira, causou vítimas.

Segundo o presidente da Junta da União das Freguesias de Valença, Cristelo Côvo e Arão, Diogo Mota o deslizamento de terras ocorreu durante a madrugada, e obstruiu por completo a rua da Rainha, no lugar de Urgeira, sem causar vítimas.

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O autarca adiantou que o deslizamento ocorreu na freguesia de Valença, e adiantou que a Junta de Freguesia está no local a colaborar nos trabalhos de remoção da terra que se abateu sobre aquela via.

Mais de 600 ocorrências registadas desde sábado

O mau tempo levou ao registo de 627 ocorrências no território continental pela Proteção Civil, na maioria inundações e quedas de árvores, entre as 00:00 de sábado e as 12:00 deste domingo, com Lisboa a ser o distrito mais atingido.

Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) disse à Lusa que neste período foram registadas no distrito de Lisboa “20% [das ocorrências], 12% no Porto e 9% em Viana do Castelo e Coimbra”.

Nas operações estiveram envolvidos 1.972 operacionais, apoiados por 786 meios, de acordo com a mesma fonte.

No acumulado das ocorrências, a Proteção Civil referiu que “36% dizem respeito a inundações, 35% a quedas de árvores e 17% a limpezas de via”.

Portugal está desde a madrugada de sábado a ser afetado por uma depressão denominada Beatrice, que deverá permanecer no território até ao final de hoje com chuva, trovoada e vento forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

“Os efeitos desta depressão estão a ser sentidos em Portugal continental desde a madrugada de hoje dia 22, persistindo pelo menos até ao final do dia 23. Na circulação desta depressão é transportada uma massa de ar tropical, com elevado conteúdo de humidade”, explicou o IPMA em comunicado, no sábado, referindo que o nome Beatrice foi atribuído pela Agência Estatal de Meteorologia de Espanha (AEMET).

Por causa do mau tempo, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alertou na sexta-feira a população para “situações meteorológicas adversas” nos próximos dias, com aguaceiros fortes, que poderão provocar cheias, vento moderado a forte e agitação marítima.

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