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Lidl compra terreno no centro do Funchal mas Câmara trava novo supermercado

Cadeia de supermercados alemã adquiriu um terreno por cerca de cinco milhões de euros

A cadeia de supermercados Lidl comprou um prédio no centro do Fuchal com o objetivo de construir uma nova superfície comercial, avança esta quinta-feira o Diário de Notícias da Madeira. Contudo, de acordo com a publicação, a autarquia deu um parecer desfavorável ao Pedido de Informação Prévia (PIP) em maio deste ano - o que funciona como um chumbo.

Em causa está a construção de supermercado num prédio junto ao Largo Severiano Ferraz, no quarteirão da Madeira Wine. A formalização da compra do terreno acabou por acontecer em agosto, num negócio de cerca de cinco milhões de euros. 

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A empresa alemã decidiu entretanto recorrer da decisão do vereador do Urbanismo hierarquicamente para o presidente da Câmara Municipal do Funchal. O recurso vai ser analisado esta quinta-feira, sendo de esperar que seja mantida a decisão tomada pelo vereador, avançou a autarquia ao Diário de Notícias da Madeira. A mesma fonte quis ainda deixar claro à publicação que nada tem que contra o investimento do Lidl no Funchal, bem pelo contrário:

"Foi solicitado à Câmara Municipal do Funchal um Pedido de Informação Prévia (PIP) para a instalação de uma grande superfície na zona da cota 40 – Largo Severiano Ferraz, tendo recebido o parecer desfavorável do vereador com o pelouro do Urbanismo e Ordenamento do Território, bem como do corpo técnico da CMF, uma vez que o projecto não respeitava algumas normas do PDM, afetando negativamente a inserção urbana e paisagística das construções/edifícios existentes, tendo ainda recebido os pareceres negativos da Divisão de Mobilidade e Trânsito do Município, uma vez que a circulação de viaturas pesadas, contentorizadas e de mercadorias implicaria grandes constrangimentos na mobilidade do centro da cidade", afirmou a autarquia ao jornal.

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Em novembro do ano passado, o Lidl tornou pública a intenção de investir 100 milhões de euros na Madeira, destinados à abertura de três lojas em 2023 e à criação de 150 postos de trabalho.

Lidl respeita a decisão, mas vai propor alternativas

O Lidl reiterou esta sexta-feira a intenção de avançar com a construção da loja no terreno no Largo Severiano Ferraz, considerando-a de "grande relevância", tanto para a empresa como para os clientes, "devido a sua localização central: "Permite que as pessoas possam fazer as suas compras a pé, sem necessidade de usarem o carro, o que reduz significativamente os possíveis problemas de trânsito", alega.

"Respeitamos a decisão da Câmara Municipal do Funchal – nomeadamente no que diz respeito à arquitetura e ao acesso de camiões -, mas proporemos alternativas que consigam alinhar a vontade positiva, tanto dos políticos como dos habitantes do centro do Funchal", pode ler-se na nota enviada à CNN Portugal.

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