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Ministro disponível para ouvir “propostas construtivas” após queda de helicóptero no combate aos incêndios

José Luís Carneiro foi confrontado com as afirmações da Associação de Proteção Civil, que referiu que os helicópteros de combate a incêndio não terão instalado um dispositivo que lhes permite detetar obstáculos no ar

O ministro da Administração Interna mostrou esta sexta-feira disponibilidade para ouvir “propostas construtivas”, em resposta à alegada falta de um dispositivo no helicóptero de combate a incêndios que caiu na quinta-feira.

“Naturalmente que não deixaremos de ouvir todas as propostas construtivas que são feitas por essa ou qualquer outra entidade”, disse José Luís Carneiro, à margem de uma reunião em Ourém, quando confrontado com as afirmações da Associação de Proteção Civil, que referiu que os helicópteros de combate a incêndio não terão instalado um dispositivo que lhes permite detetar obstáculos no ar.

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O governante salientou que se trata de “um assunto de natureza técnica”, que “deve ser colocado muito concretamente à estrutura nacional de Proteção Civil” e disse que “os meios aéreos e a sua operação são da responsabilidade do Ministério da Defesa Nacional”.

O helicóptero que se despenhou na quinta-feira durante o combate a um incêndio em Amares, no distrito de Braga, é irrecuperável e já foi substituído hoje por um outro meio aéreo, disseram à agência Lusa fontes aeronáuticas.

O acidente aconteceu cerca das 19:25, “após a última largada do dia”, quando o helicóptero embateu em “cabos de muito alta tensão”, avançaram na quinta-feira à Lusa fontes ligadas à aviação.

Um outro meio aéreo de combate a incêndios já foi reposto no Centro de Meios Aéreos de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, onde estava sediado o aparelho acidentado, acrescentaram.

Na manhã de hoje chegou ao local uma equipa do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), assim como elementos da REN – Redes Energéticas Nacionais.

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Quanto ao piloto, de 53 anos, encontra-se “estável e internado nos cuidados intermédios” do Hospital de Braga, disseram hoje à Lusa fontes de socorro.

O piloto foi transportado na noite de quinta-feira para o Hospital de Braga, onde chegou cerca das 22:00, “em estado grave, mas não correndo risco de vida”, segundo a Proteção Civil.

Em declarações à Lusa, na noite de quinta-feira, o comandante Pedro Araújo, da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), explicou que o piloto “estava fora de perigo de vida”, mas sublinhou, contudo, tratar-se “de um ferido grave, com várias lesões e fraturas, nomeadamente ao nível dos membros inferiores e da zona pélvica”.

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