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IL vai a urgência obstétrica fechada em Leiria dizer que o país “está a ficar para trás” na proteção das mulheres

Uma das propostas da IL passa pela atribuição, ainda este ano, de médico de família às grávidas, assim como às crianças até aos nove anos e aos idosos com mais de 65 anos

O presidente da IL assinalou esta sexta-feira o Dia Internacional da Mulher à porta da urgência de obstetrícia do hospital de Leiria, que está encerrada, para mostrar que Portugal está “a ficar para trás na proteção dos seus direitos”.

“Hoje, assinalamos o Dia Internacional da Mulher e estamos aqui à porta de uma urgência de obstetrícia e ginecologia encerrada [hospital de Leiria] para mostrar que esse é uma das áreas em que Portugal tem abandonado as mulheres naquilo que são aspetos essenciais”, afirmou Rui Rocha, naquele que é o último dia de campanha para as eleições legislativas de domingo.

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Além de Leiria, também Abrantes, Caldas da Rainha, Vila Franca de Xira e Barreiro têm as urgências fechadas, enumerou, acrescentando que isso demonstra bem como Portugal está “a ficar para trás na proteção dos direitos das mulheres”.

Em Leiria, distrito onde a IL nunca elegeu nenhum deputado, o dirigente liberal sublinhou que é um direito das grávidas terem assistência e acompanhamento adequado, sem angústias adicionais, num momento delicado como é a gravidez.

Uma das propostas da IL passa pela atribuição, ainda este ano, de médico de família às grávidas, assim como às crianças até aos nove anos e aos idosos com mais de 65 anos.

Em matéria de saúde, Rui Rocha considerou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está num momento difícil estruturalmente e vai continuar se não sofrer uma reforma.

A visão da IL é diferente das dos outros partidos políticos por entender que a participação dos privados e do setor social são determinantes, mas não apenas quando o SNS falha.

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“Neste momento, a saúde é tão importante e relevante que é preciso convocar, desde o início, toda a capacidade instalada permitindo que os utentes, neste caso as grávidas, mas todos aqueles que precisam de cuidados de saúde, tenham a possibilidade de decidir qual é o serviço público, privado ou social que melhor lhes serve”, frisou.

A possibilidade de escolha na saúde é “a grande diferença e a diferença fundamental” entre a IL e os restantes partidos, reafirmou.

O líder da IL considerou que o país tem três sistemas: o sistema dos funcionários públicos que pagam um sistema onde têm liberdade de escolha, que é a ADSE, o sistema das pessoas que têm seguros de saúde ou meios para irem a diferentes prestadores e o sistema que tem refém os portugueses e que lhes permite apenas ir ao SNS.

E aquilo que a IL pretende é que todos os portugueses, mesmo os que não têm tantos recursos, possam também escolher entre privado, social e público.

“A IL não aceita que os utentes dos serviços de saúde estejam meses ou anos em sofrimento com falta de opção e de serviço. Portanto, nós entendemos que é fundamental que desde o princípio, logo que tenham uma necessidade de saúde, possam optar pelos serviços que mais lhes convêm, assumindo o Estado uma função de financiador e de regulador do sistema”, especificou.

Rui Rocha explicou que, neste modelo, o Estado tem de esclarecer de forma muito detalhada quais são os serviços prestados, assegurando que os privados e o setor social são obrigados a prestar o mesmo nível de serviço e de cobertura que o SNS.

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