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Veja bem onde caíram estes dois mísseis, os “punhais” russos. E o que isso significa enquanto aviso de Putin ao Ocidente

Utilização de mísseis hipersónicos Kinzhal pela Rússia surpreenderam o Ocidente. Mas além das armas, também a localização dos bombardeamentos parece ser um aviso da Rússia: tem capacidade para atingir duas bases estratégicas da NATO. Este mapa explica porquê

Uma semana depois dos bombardeamentos com dois mísseis Kinzhal russos em Ivano-Frankivsk, os analistas estratégicos ainda estão a avaliar o significado da utilização destas armas inovadoras da Rússia, os mísseis hipersónicos. Além das armas utilizadas, há outro aspecto relevante: o local bombardeado. Porque parece ser um sinal de ameaça à NATO.

É o que defende o major-general Agostinho Costa, em entrevista à CNN Portugal. O alvo dos mísseis foi um depósito de munições em Deliayn, no oeste da Ucrânia, não muito longe de Deveselu, na Roménia, e de Redzikowo, na Polónia, onde a NATO tem instalados postos de comando de controlo de sistemas antiaéreos contra mísseis balísticos.

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“O centro de gravidade estratégico desta guerra é a NATO. Estes dois mísseis foram um sinal para a NATO”, afirma. A utilização dos Kinzhal – palavra que significa “punhal” em russo – traduzem “uma grande mudança”, porque há “uma transição de tecnologia”. São misseis estratégicos, defende, e foram lançados num ponto entre as fronteiras da Ucrânia com a Roménia e com a Polónia: a 836 quilómetros de Redzikowo e a 476 de Deveselu. “É uma mensagem.”

Os mísseis hipersónicos Kinzhal “quebram o equilíbrio de forças e anulam as defesas antimíssil”, defende Agostinho Costa.

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“Estes misseis Kinzhal, hipersónicos, voam baixo e a uma velocidade que o antimíssil não para. São “a arma ideal”, como lhes chama o senhor Putin. E podem levar uma ogiva nuclear. Estes dois mísseis foram cirúrgicos. Não foram para os ucranianos, foram para a NATO. E os americanos sabem isso, sabem que neste momento não têm capacidade de eliminar estas medidas. Estes misseis, se direcionados para os porta-aviões, afundam os 11 porta-aviões americanos. Os americanos sabem isso. E isto permite em certa medida paralisar a NATO e os Estados Unidos”, acrescenta Agostinho Costa, numa entrevista que pode ler na íntegra aqui.

“Nas armas hipersónicas, aparentemente quem vai à frente são os russos”, conclui.

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