A Câmara dos Representantes aprovou este sábado o envio de um novo pacote de ajuda externa à Ucrânia.
Para Kiev está previsto o envio de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros) em armas, sendo que parte deste valor será entregue através de empréstimos, de forma a acalmar as preocupações republicanas.
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Foram também aprovadas outras propostas para um apoio de 26 mil milhões de dólares (cerca de 24 mil milhões de euros) para ajudar Israel e vários milhares de milhões de dólares para Taiwan.
Volodymyr Zelensky reagiu na rede social X poucos minutos depois para agradecer à América. “Estou grato à Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a ambos os partidos, e em particular a Mike Johnson pela decisão que mantém a história no caminho certo”, começou por escrever o presidente ucraniano.
“A democracia e a liberdade terão sempre um significado global e nunca falharão enquanto a América ajudar a protegê-las. A vital lei de ajuda dos EUA aprovada hoje pela Câmara impedirá a expansão da guerra, salvará milhares e milhares de vidas e ajudará ambas as nossas nações a tornarem-se mais fortes”, justificou. Zelensky disse esperar que a proposta seja também apoiada no Senado.
I am grateful to the United States House of Representatives, both parties, and personally Speaker Mike Johnson for the decision that keeps history on the right track. Democracy and freedom will always have global significance and will never fail as long as America helps to…
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 20, 2024
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Entretanto, a Casa Branca veio confirmar que o presidente Joe Biden exortou o Senado a enviar rapidamente o pacote de ajuda para a sua mesa, para que a proposta seja assinada por ele.
Também o Kremlin já reagiu, através de Dmitry Peskov, que considerou que o pacote de ajuda à Ucrânia irá tornar os EUA mais ricos e "arruinar ainda mais" a Ucrânia, resultando em mais mortes. Já sobre a proposta para o confisco de ativos russos, disse que manchará a imagem norte-americana, prometendo medidas de resposta.
Ao fim de seis meses de impasse, republicanos e democráticos encontraram um entendimento. O pacote de ajuda à Ucrânia é o mais significativo de um conjunto de três leis em votação numa rara sessão ao sábado, que inclui o apoio a Israel e a Taiwan, num volume total de 95 mil milhões de dólares (89 mil milhões de euros).
Após esta aprovação, este projeto de lei vai a votação no Senado. E, caso seja aprovado, seguirá para o presidente Joe Biden, que já tinha pedido a maior rapidez possível para a aprovação deste apoio.
O Senado deverá aprovar a medida na próxima semana, enviando-a depois para a assinatura de Biden.
Num artigo, publicado no jornal Wall Street Journal, Biden pediu à Câmara de Representantes para “aprovar urgentemente” os projetos de lei sobre a nova ajuda à Ucrânia e a Israel, bem como sobre a ajuda humanitária a Gaza.
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