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Um dos líderes da AD pede a Montenegro que reconsidere o "não é não" ao Chega: "O país precisa de estabilidade, não me assusta uma abertura ao Chega"

Presidente do Partido Popular Monárquico diz ainda que ficou surpreendido com o resultado das eleições

O presidente do Partido Popular Monárquico, não descarta um entendimento entre a Aliança Democrática e o Chega, em nome da estabilidade governativa. A possibilidade foi admitida por Gonçalo da Câmara Pereira em entrevista à Antena 1

Afirmando que não tem medo do partido de André Ventura, o presidente do PPM diz que Luís Montenegro - que durante a campanha disse que "não é não" a entendimentos com o Chega - pode dar "um passo atrás para dar dois para a frente".

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"Ele tomou uma posição, não vejo mal nenhum em abrir ao Chega. A mim não me assustava. (...) Na política, às vezes, não é linear, mas pronto. Eu acho que o país precisava de estabilidade. O país, considero, está um bocado à deriva, sem objetivos e sem metas, e eu acho que não fazia mal nenhum às vezes a gente andar um passo para trás para dar dois para a frente. A mim não me assustava nada uma abertura ao Chega. O povo português deu 40 deputados, não é de menosprezar".  Quanto ao resultado das eleições, o líder do PPM admite ter ficado surpreendido, não pela vitória da Aliança Democrática, mas porque estava convencido de que o ia ser "muito difícil tirar uma maioria absoluta" ao PS.

"Sempre pensei que tirar uma maioria absoluta em dois anos é difícil. Sempre achei que era um trabalho colossal. Uma maioria absoluta com um governo ainda em gestão durante três meses a fazer campanha eleitoral, surpreendeu-me um bocadinho o resultado", afirmou Gonçalo da Câmara Pereira, acrescentando mesmo que "estava à espera" que o PS ganhasse as eleições porque "é muito difícil tirar uma maioria absoluta". "Achei o Luís Montenegro um herói". 

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De acordo com os resultados provisórios, a AD, que concorreu no continente e nos Açores, obteve 1.757.879 votos, 28,63% do total, e elegeu 76 deputados.

Somando a estes resultados os três eleitos e 52.992 votos obtidos na Madeira por PSD e CDS-PP, que concorreram juntos nesta região, sem o PPM, dá um total de 1.810.871 votos, 29,49% do total, e 79 mandatos – 77 do PSD e 2 do CDS-PP.

O PS obteve 1.759.937 votos, 28,66%, e elegeu 77 deputados.

O artigo 187.ª da Constituição da República Portuguesa estabelece que "o primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".

Na noite eleitoral, o presidente do PSD, Luís Montenegro, afirmou ter a “expectativa fundada” de que o Presidente da República o indigite como primeiro-ministro para formar Governo, tendo em conta os resultados das legislativas antecipadas.

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