A embaixadora da Ucrânia em Portugal, Inna Ohnivets, diz acreditar que "ainda é possível" terminar o conflito no país através do diálogo entre as duas partes, mas adverte que é necessário que a Rússia também o deseje.
Em declarações aos jornalistas depois de uma oração pela paz na Ucrânia que juntou portugueses e ucranianos em Lisboa, Inna Ohnivets lembra que a Rússia não cumpriu a sua parte do acordo de cessar-fogo nos corredores humanitários que permitem a passagem de ajuda aos ucranianos.
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"As pessoas que estão nas cidades ocupadas estão numa situação terrível", salienta, lembrando que muitas das pessoas que vivem na Ucrânia não têm agora acesso a alimentação, eletricidade ou gás.
A representante da Ucrânia saúda a ajuda humanitária de "muitos países, incluindo Portugal" em direção à Ucrânia. "Esta ajuda vai passar a fronteira da Ucrânia com a Polónia, com a Eslováquia e com a Roménia", acrescentou, quando questionada sobre o ponto de situação da ajuda que está a ser enviada ao país.
Ainda assim, a crise humanitária na Rússia vai agravar-se, adverte Ohnivets, apelando, por isso, ao diálogo entre a Rússia e a Ucrânia para "garantir a segurança" do país.
A embaixadora salienta ainda o papel do exército ucraniano e do presidente Volodomyr Zelensky na defesa do país, considerando este último "um exemplo" a seguir na política.
"Eu tenho confiança de que o nosso presidente, que está a lutar heroicamente com todo o povo ucraniano, vai vencer. O nosso presidente é o símbolo do heroísmo e da resistência da Ucrânia. É um exemplo para todos". vinca.
Já o exército ucraniano tem tido um papel importante na dissuasão das forças russas no país, considerou: "O nosso exército e os representantes das entidades de defesa territorial estão a lutar heroicamente e a defender a nossa capital. Conseguimos muitas vitórias nesta guerra, apesar da parte russa ser mais forte."
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