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"Será difícil encontrar hoje um serviço da administração pública que tenha funcionado normalmente": Frente Comum congratula-se com forte adesão à greve

A greve da função pública afetou serviços de saúde, educação, finanças, segurança social, autarquias locais "com piscinas, bibliotecas e estaleiros encerrados" e também provocou "graves perturbações" na justiça

A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública considerou que foram cumpridas as expectativas sobre a greve nacional desta sexta-feira, com impacto na esmagadora maioria dos serviços públicos e encerramentos de norte a sul do país.

"O balanço é que se cumpriram as expectativas que tínhamos para o dia de greve nacional de hoje. Tivemos serviços encerrados de norte a sul do país, tivemos um impacto enorme na esmagadora maioria dos serviços", disse o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, em declarações à Lusa.

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"Difícil será encontrar hoje um serviço da administração pública que tenha funcionado normalmente, o que é revelador daquilo que foi a adesão dos trabalhadores a esta greve", acrescentou o líder da estrutura sindical que convocou a greve nacional.

Segundo Sebastião Santana, a paralisação afetou serviços de saúde, educação, finanças, segurança social, autarquias locais "com piscinas, bibliotecas e estaleiros encerrados" e também provocou "graves perturbações" na justiça.

Para o dirigente da Frente Comum, "o sinal que foi dado hoje pelos trabalhadores da administração pública ao Governo é claro e inequívoco: os trabalhadores exigem uma política diferente, que valorize as suas carreiras e os seus salários, que defenda os serviços públicos e não o continuar deste caminho de empobrecimento e degradação dos serviços públicos".

Questionado sobre se estão a ser preparadas novas formas de luta, o sindicalista disse que "o futuro é já amanhã", indicando que "muitos milhares de trabalhadores da administração pública" estarão na manifestação nacional da CGTP, em Lisboa, no sábado.

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"A seguir ao dia 18, está nas mãos do Governo garantir a paz social ou a falta dela", avisou Sebastião Santana.

A greve nacional dos funcionários públicos, que começou às 00:00 desta sexta-feira, começou à entrada do turno da noite para os trabalhadores das áreas da saúde e da recolha de resíduos sólidos urbanos (lixo doméstico), que foram assim os primeiros a entrar em greve.

Entre os motivos da greve convocada pela Frente Comum estão a exigência de aumentos salariais imediatos, a fixação de limites máximos dos preços de bens e serviços, a valorização das carreiras e o reforço dos serviços públicos.

Para sábado está prevista a realização de uma manifestação nacional, em Lisboa, promovida pela CGTP, pelo aumento geral dos salários e das pensões face à subida do custo de vida.

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