Há precisamente um ano, em março de 2021, durante uma semana, um navio da Evergreen encalhou e acabou por bloquear o tráfico marítimo no Canal do Suez, no Egito, durante uma semana. Agora, outra embarcação da mesma transportadora voltou a ficar imobilizada, junto ao largo da costa dos Estados Unidos, na Baía de Chesapeake.
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O cargueiro de 334 metros, chamado Ever Forward (Sempre Em Frente, tradução em português), com a bandeira de Hong Kong, ficou encalhado após partir do Terminal Seagirt, no Porto de Baltimore, no domingo à noite. A embarcação tinha como destino Norfolk, na Virginia, quando ficou preso na famosa baía norte-americana.
“O navio encalhado não está a impedir a circulação de outras embarcações até ao Porto de Baltimore. Esforços têm sido feitos para tentar desencalhar este barco. A Guarda Costeira está a monitorizar toda a situação”, explicou à Bloomberg o diretor-executivo da administração do Porto de Baltimore, na segunda-feira.
A gigante Evergreen está a participar nas operações, que visam desencalhar o navio e colocá-lo novamente a flutuar o quanto antes, tendo já contratado mergulhadores que inspecionaram o navio em busca de quaisquer danos. A transportadora sediada em Taiwan acrescenta ainda que já abriu uma investigação para apurar o que esteve na origem do sucedido.
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Em março de 2021, um navio porta-contentores encalhou no Canal do Suez depois de ter sido atingido por rajadas de vento e provocou a paragem da circulação marítima numa das rotas mais utilizadas do mundo.
Tal como o Ever Foward (de 334 metros de comprimento), o Ever Given (de 400 metros) pertencia também à transportadora marítima Evergreen, sediada em Taiwan.
Na altura, a empresa explicava que estava "em contacto com as partes envolvidas, entre elas a autoridade que gere o Canal do Suez, para ajudar o navio o mais depressa possível". O incidente só acabou por ser resolvido cerca de uma semana depois, após o navio se ter movido cerca de 80% durante a madrugada, graças à maré alta.
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“O almirante Osama Rabie, presidente da Autoridade do Canal do Suez, proclamou o recomeço do tráfego de navegação no canal”, anunciava, a meio da tarde do dia 29 de março de 2021, o organismo num comunicado.
O cargueiro esteve a interromper a circulação no canal durante sete dias, naquela que é uma das rotas marítimas mais importantes em todo o mundo.
A obstrução no canal causou um enorme trânsito de mercadoria, com a agência Associated Press a estimar perdas de nove mil milhões de dólares (cerca de 7,6 mil milhões de euros) por dia, depois de ter afetado o comércio global, já bastante fragilizado pela pandemia de covid-19. Pelo menos 360 cargueiros, que transportam desde petróleo a gado, esperavam por este momento.
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