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“As escolas precisam deste dinheiro”. Diretores acusam Estado de reter milhares de euros dos estabelecimentos de ensino

Em causa estão as receitas próprias das instituições que já deveriam ter sido devolvidas em março

O Estado está a reter milhares de euros das escolas. O alerta é dos diretores, que explicam que as receitas próprias das instituições alcançadas através das vendas nos bares ou no aluguer de espaços são encaminhadas, no final de cada ano civil, para o Tesouro.

De acordo com a Rádio Renascença, que cita a Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), esta verba é normalmente devolvida a cada estabelecimento de ensino no mês de março, quando o Governo entrega a cada escola os orçamentos para cada ano letivo. No entanto, ao nono mês do ano civil, este ano a devolução ainda não foi consumada.

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“O que choca um pouco é o princípio: se nós entregamos estas verbas em dezembro elas são devolvidas cada vez mais tarde e é dinheiro que pertence às escolas. Portanto, as escolas precisam deste dinheiro o quanto antes”, refere Filinto Lima, presidente da ANDAEP.

Sem esta receita, as escolas públicas estão numa situação financeira que impossibilita pequenas obras ou intervenções necessárias, visto que a cada ano são obrigadas a entregar as sobras dos orçamentos definidos pelo Estado, o que deixa os saldos contabilísticos a zero.

Filitnto Lima, presidente da ANDAEP, explicou à Renascença que já avisou o ministério da Educação para este atraso. “A retenção desta verba por largo período de tempo, e já vamos há quase nove meses, é um constrangimento ou pode ser um constrangimento para a aquisição de material ou equipamento que a escola tenha previsto, portanto, adquirir”.

Já esta terça-feira, Filinto Lima enviou um ofício à tutela a pedir a devolução urgente da quantia, que se fixa nos milhares de euros resultantes das receitas das próprias escolas.

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