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"Costa tem a capacidade de procurar consensos". Durão Barroso elogia ida para o Conselho Europeu e explica como dúvidas na justiça quase foram um obstáculo

Em entrevista à CNN Portugal, o ex-presidente da Comissão Europeia vincou como António Costa poderá defender os interesses nacionais à frente do Conselho Europeu

O ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, felicitou António Costa pela nomeação como presidente do Conselho Europeu, considerando a escolha uma “boa notícia” para Portugal e elogiando a postura de “procura de consenso” do ex-primeiro-ministro socialista.

Em entrevista à CNN Portugal, Durão Barroso disse esperar que Costa assuma as novas funções com “competência” e que também “leve uma perspetiva portuguesa”.

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Segundo o ex-presidente da Comissão Europeia, foi a postura “de moderação, de equilíbrio, de procura de consenso” de António Costa que “tornou natural a sua escolha”. “Numa altura como esta, este tipo de liderança pode fazer a diferença”, argumentou.

Questionado sobre as objeções ao nome de António Costa, vindas por exemplo de Itália, Durão Barroso explicou que a postura “mais liberal, menos securitária” de Costa em matéria de migrações é um dos argumentos. Mas não o único.

“Acho que também terá tido algum peso, pelo menos foi usado como argumento, até certo ponto, a questão jurídica, judicial, não completamente esclarecida”, juntou, numa referência ao envolvimento do ex-primeiro-ministro na Operação Influencer, que ditou a sua demissão.

“Mas assumiu-se, como é natural e correto, a presunção de inocência”, juntou.

À CNN Portugal, Durão Barroso fez ainda questão de explicar como o “apoio absolutamente claro” de Luís Montenegro foi determinante para transmitir uma imagem de unidade nacional em Bruxelas, honrando uma “tradição de consenso” na indicação para cargos europeus.

A ida de Costa para Bruxelas, disse Durão Barroso, é boa para o “prestígio” de Portugal, mas também para a defesa dos interesses nacionais. “Estará, naturalmente, lá com uma sensibilidade portuguesa. Procurará evitar qualquer coisa que veja que vai contra os nossos interesses e os nossos valores”, justificou.

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