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Teletrabalho deixa de ser obrigatório, mas estes são os argumentos que mostram como é "mais seguro"

Especialista em Saúde Pública considera que a medida, tal como o uso de máscara, vai passar a ser utilizada com mais frequência pelas empresas quando um trabalhador apresentar sintomas da doença

Gustavo Tato Borges, presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública, considera que o teletrabalho é uma medida favorável ao combate do aumento do número de novos casos em Portugal e que deve manter-se uma opção para todas as empresas com capacidade para o aplicar, mesmo deixando de ser obrigatório a partir desta sexta-feira.

“Se as pessoas têm a possibilidade, o teletrabalho é sempre mais seguro do que o trabalho presencial, devido a toda a movimentação que as pessoas vão ter durante o dia, de casa para o trabalho, além de todo o tempo que passam com os colegas”, explicou à CNN Portugal o especialista.

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A probabilidade de contrair o vírus é proporcional ao número de contactos que temos, por isso, Tato Borges considera que medidas que reduzem o nosso número de contactos, como é o caso do teletrabalho, deve ser algo que as empresas devem manter.

“Quanto mais tempo passarmos fora de casa, maior é a probabilidade de entrarmos em contacto com um caso positivo. Em termos de proteção pandémica, o teletrabalho é bastante favorável e protetor e deve ser uma opção para todas as empresas que o possam aplicar”, explicou.

Para Gustavo Tato Borges, o teletrabalho pode vir a representar uma das grandes mudanças no futuro, com as pessoas a optarem pelo teletrabalho quando tiverem sintomas de doença, bem como as pessoas passarem a utilizar a máscara de forma voluntária, para proteger os nossos colegas.

“Antigamente era impensável alguém com sintomas gripais andar de máscara no trabalho e agora será algo perfeitamente normal”, explicou.

Esta sexta-feira reabrem também as discotecas e bares. Para Gustavo Tato Borges, esta reabertura, mesmo com a exigência de testes e de certificados de vacinação, é expectável que o número de casos venha a aumentar devido a esta medida.

O Presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública acredita que Portugal irá passar por um período de estabilização do número de novos casos no futuro próximo, admitindo que esse registo possa voltar a aumentar devido ao aumento da circulação.

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