Rui Rio joga a primeira carta no debate frente a António Costa, defendendo a postura de "abrandamento" da oposição durante a pandemia. O líder do PSD afirma não estar "nada arrependido" mas diz que "o Governo falhou". Já António Costa acusa o adversário de só pensar em números, tornando-se "insensível" perante os temas centrais da vida das pessoas.
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O líder do PSD não acredita que nenhum dos dois principais candidatos a primeiro-ministro venham a conquistar uma maioria absoluta. A geringonça também não parece uma solução viável. O que fará o secretário-geral do PS em posição minoritária? Costa não tem sido "esclarecedor", argumenta Rui Rio. António Costa explica o que fará se não conseguir o que anda a pedir - uma maioria. "Se não tiver a maioria absoluta, não viro costas aos portugueses", admitindo negociações com cada partido na Assembleia da República, diploma a diploma, "como no primeiro Governo do engenheiro Guterres".
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Rio afirma que a economia portuguesa se degradou com o PS no poder na maior parte do tempo desde 1995, e defende uma mudança de modelo que priorize a produção, e só depois distribuição. A baixa do IRC é uma das suas propostas. Por outro lado, Costa definiu a redução do IRS para as famílias já para este ano como prioridade.
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As promessas continuam de parte a parte, desta vez no que diz respeito ao salário mínimo. O líder do PSD promete aumentos que "terão em conta a inflação e os ganhos de produtividade", mas não o fará por decreto. António Costa usa um gráfico para reforçar a importância do aumento do salário mínimo e médio nos próximos quatro anos.
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António Costa critica a proposta de revisão constitucional de Rui Rio, acusando-o de querer mudar o acesso "tendencialmente gratuito" à saúde. O líder do PSD garante ser um defensor de um Serviço Nacional de Saúde público, mas acrescenta que não tem "tabus ideológicos": os "negócios" na saúde são para se concretizar entre o sector público e privado e ambos podem sair a ganhar.
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António Costa aponta duas medidas do programa do PSD que considera "muitíssimo perigosas": poder político com maioria no Conselho Superior do Ministério Público e a criação de um provedor do utente. Na opinião do primeiro-ministro, põem em causa a garantia de que a Justiça "não é sujeita ao controlo do poder político". Já Rui Rio faz um diagnóstico da capacidade da Justiça demolidor: "é fraquíssima" e não tem sido capaz de combater a corrupção.
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Foi o momento do debate em que Rui Rio se exaltou. O social-democrata não considera "aceitável" os valores que o Estado tem gasto na empresa e aponta a venda da companhia como o único cenário possível, "mas não é amanhã". António Costa defende a nacionalização e o investimento. "Foi graças ao Estado e ao Grupo Barraqueiro que foi possível salvar a TAP", sublinhou.
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