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Concurso para criar cinco mil vagas em creches do sector social atrasado. Governo negoceia vagas grátis no privado para janeiro

REVISTA DE IMPRENSA. Creche gratuita para crianças no sector privado deve avançar em janeiro do próximo ano, perante a falta de cobertura do sector social e solidário

A abertura do concurso no valor de 20 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, que permitirá criar cerca de cinco mil novas vagas na rede de creches do sector social e solidário, está atrasada. O jornal Público escreve esta quarta-feira que o concurso estava previsto para setembro mas ainda não foi lançado, ainda que o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) tenha garantido ao jornal que o aviso será publicado nos "próximos dias".

O Público escreve ainda que as creches gratuitas no sector privado, para quem não tiver vaga no sector social, deverão arrancar em janeiro, tendo sido retomadas as negociações nesta matéria. O MTSSS confirma ao jornal uma reunião na passada sexta-feira com a Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular - ACPEEP e que a medida de gratuitidade será extensiva ao privado em janeiro de 2023, sem acrescentar pormenores. Já Susana Batista, da ACPEEP, revela ao Público que a portaria que regula as creches gratuitas no privado deverá ser publicada em breve e que é necessário dá-la a conhecer às famílias, frisando que será sempre necessário preencher um formulário na página online da Segurança Social - disponível em Contactos na secção Creche Feliz - para sinalizar interesse em vaga de creche privada e só assim se fará prova da falta de vaga no sector social.

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"Depois de preenchido este formulário, a Segurança Social vai comprovar se, efectivamente, não há vaga no sector social ou solidário e é através dessa confirmação que será dado às famílias o direito de as suas crianças frequentarem sem custos uma creche privada que adira à modalidade da gratuitidade", disse ao Público Susana Batista.

Encontrada vaga numa creche privada, a criança terá o direito a frequentá-la até aos três anos, mesmo que surja vaga no sector social. Mas no critério de pesquisa de vagas, a Segurança Social, refere o Público, só consegue pesquisar vagas por concelho e não com maior proximidade, pelo que as famílias podem ser obrigadas a aceitar uma vaga gratuita no sector social ou solidário mesmo que ela fique a 20 quilómetros de distância de casa, por exemplo. Em alternativa, a ACPEEP propôs que as famílias possam optar por uma solução numa creche privada se a vaga for considerada demasiado longe. O tema ainda estará em aberto. 

Quem já inscreveu as crianças no privado, por não encontrar vaga no sector social, terá de preencher na mesma o formulário acima referido no site da Segurança Social. "E, se a Segurança Social conseguir encontrar uma vaga fora do sector privado, terão de sair e ir para esse lugar, para beneficiar da gratuitidade", revelou ainda Susana Batista ao jornal.   

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