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Um guia para quem tem covid no Natal e já não se lembra dos dias de maior contágio e das medidas que as autoridades aconselham

Há uma nova variante identificada pela OMS que tem grande capacidade de transmissão

Chama-se JN.1, é a mais recente variante da covid-19 e está a fazer aumentar o número de infeções respiratórias. À CNN Portugal, o pneumologista Filipe Froes fala desta nova linhagem do vírus, lembra o que as pessoas infetadas devem fazer perante os convívios de Natal e esclarece sobre a eficácia dos testes em relação a esta nova variante.

Que características tem esta nova variante da covid-19? A Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou no passado dia 19 de Dezembro, a JN.1 como uma variante de interesse (VOI: Variant of Interest) devido à sua maior capacidade de transmissão e poder contribuir, assim, para um aumento do número de infeções respiratórias e pelo impacto da covid-19 na generalidade dos países do Hemisfério Norte. Esta classificação permite uma melhor monitorização e vigilância, embora não haja evidência de maior gravidade associada à infeção pela JN.1.

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Para quem já não se lembra, qual o período maior de contágio depois de infetado? Os períodos de maior contágio estão associados a dois fatores: à carga viral e à adesão às medidas de prevenção de transmissão. Os períodos de maior carga viral ocorrem nos primeiros dias da doença, geralmente nas primeiras 48-72 horas. O risco de transmissão após 10 dias de sintomas é improvável, exceto se o doente for imunodeprimido. Nas 12 a 24 horas antes do aparecimento dos sintomas já existe risco de transmissão que pode ser importante na medida em a pessoa doente, por não saber que está infetada, não adota nenhuma medida preventiva da transmissão. 

No Natal se alguém tiver covid o que deve fazer? Deve manter distância? Usar máscara? As medidas preconizadas pela Direção-Geral da Saúde (Norma 013/2022, atualizada a 28/11/2022) em caso de pessoa com teste positivo para a Covid-19 são:

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  • A minimização de deslocações e de frequência de espaços com aglomerados de pessoas nos primeiros 5 dias de início dos sintomas;
  • Etiqueta respiratória e uso de máscara facial e de, na presença de outras pessoas, e higienização das mãos até 10 dias após o início dos sintomas. 

Alguma medida pode ajudar a melhorar os sintomas? Sem qualquer dúvida que a medida mais eficaz para melhorar os sintomas e evitar evolução para formas de maior gravidade é a vacinação. As vacinas disponíveis são extremamente eficazes para a JN.1 e, em Portugal, só cerca de metade das pessoas com 60 ou mais anos estão vacinadas, o que é um valor aquém do desejado. Nunca se esqueça que a fadiga pandémica só beneficia o Sars-CoV-2. A sua saúde merece mais e melhor.

A distância de dois metros ainda é uma referência? O distanciamento físico diminui significativamente o risco de transmissão quando uma pessoa fala, tosse ou espirra. Consideram-se os 2 metros (ou 6 pés) a medida de referência.

Os testes ainda são válidos para esta nova variante? Os testes disponíveis podem apresentar pequenas variações de sensibilidade consoante as variantes, linhagens e sublinhagens em circulação, mas mantêm toda a utilidade e validade para a JN.1.

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