Já fez LIKE no CNN Portugal?

Portugal "é o que é por causa dos oceanos". O apelo de Marcelo na defesa do mar e a pandemia ou a guerra que "não podem ser desculpa"

Num discurso centrado na ligação do país com o oceano, o presidente português considerou que esta cimeira acontece "no lugar certo, na hora certa, com a abordagem certa e com o secretário-geral das Nações Unidas certo"

O Presidente da República apelou esta segunda-feira na abertura da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas à cooperação global e defendeu que a pandemia e a guerra não podem ser desculpa para esquecer os desafios estruturais.

Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito Presidente da Conferência - juntamente com o presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta - e, na declaração inicial, deu as boas-vindas aos chefes de Estado e de governo de todos os continentes a Portugal, "juntos mesmo com uma reunião do G7 e a cimeira da NATO".

PUB

Num discurso centrado na ligação do país com o Oceano, o Presidente da República descreveu Guterres como "um homem de princípios, de convicções, um promotor da paz, da justiça social e do desenvolvimento sustentável" e Portugal como um país que "é o que é por causa dos oceanos".

"Portugal, uma plataforma entre oceanos, continentes, culturas civilizações, no passado, no presente, no futuro. Às vezes com sucesso, outras falhando, mas sempre presente e construindo pontes, como esta coorganização frutuosa com o Quénia, outro construtor de pontes – um do norte, outro do sul", disse.

Numa intervenção feita em inglês, o Presidente da República pediu "cooperação global em prioridades comuns" e afirmou que "os regimes, os poderes institucionais, os políticos passam", enquanto "os oceanos ficam".

"Têm milhões e milhões de anos, são muito anteriores à humanidade, continuarão por milhões e milhões de anos, desde que cuidemos deles e paremos de os matar", acrescentou.

PUB

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, esta conferência chega "na altura certa, apesar de dois anos de adiamento forçado, de pandemia, de guerra, de crise económica e social dramática e ainda coincidindo com a reunião do G7 e com a Cimeira da NATO".

"A urgência da pandemia ou da guerra não podem ser a desculpa para esquecer os desafios estruturais duradouros e os seus efeitos na nossa vida do dia a dia", defendeu.

Conferência dos Oceanos da ONU 2022 arranca esta segunda-feira em Lisboa e junta chefes de estado e de governo de todos os continentes. São esperados mais de 7.000 participantes de mais 140 países, 38 agências especializadas e organizações internacionais, mais de mil organizações não governamentais, 410 empresas e 154 universidades

PUB