A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou esta quarta-feira que a União Europeia vai banir todo o petróleo russo até ao fim do ano de "forma ordeira, progressiva e planeada" de forma a garantir "que os parceiros europeus consigam encontrar alternativas". A medida foi apresentada num novo pacote de sanções, divulgado num discurso no Parlamento Europeu de Estrasburgo. “Iremos eliminar gradualmente o fornecimento russo de petróleo bruto no prazo de seis meses, e de produtos refinados até ao final do ano. Assim, maximizamos a pressão sobre a Rússia, ao mesmo tempo que minimizamos os danos colaterais para nós e para os nossos parceiros em todo o mundo”, disse a presidente da Comissão.
"Sejamos claros: não será fácil. Mas nós simplesmente temos que trabalhar nisto", frisou von der Leyen
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Finally, we now propose a ban on Russian oil. Let´s be clear: it will not be easy. But we simply have to work on it. We will make sure that we phase out Russian oil in an orderly fashion. To maximise pressure on Russia, while minimizing the impact on our economies pic.twitter.com/fH2wuKN5t2
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) May 4, 2022
O plano terá ainda de ser aprovado pelos 27 estados-membros mas alguns países, como a Eslováquia e a Hungria, já indicaram que vão exigir um período transitório mais longo. Em causa está a dependência destes dois países ao petróleo russo.
Novo pacote de sanções exclui Sberbank do SWIFTNa mesma publicação, a responsável adiantou também que este novo pacote de sanções prevê excluir o maior banco russo, o Sberbank, entre outros, do sistema SWIFT.
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Também as três maiores emissoras televisivas estatais da Rússia vão ser banidas na Europa, já que estas “servem para amplificar as mentiras e a propaganda de Putin”.
Além disso, o sexto pacote de sanções da UE inclui uma lista dos oficiais militares de alta patente e outros indivíduos acusados de cometer crimes de guerra em Bucha e os responsáveis pelo cerco de Mariupol: "Sabemos quem vocês são, não vão escapar impunes a isto", afirmou a líder.
"Putin deve pagar um preço, um preço alto pela sua agressão brutal", reiterou von der Leyen. "É o direito internacional que conta e não o direito de poder."
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