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Contestação a novo juiz volta a parar caso BES

Magistrado viu-se obrigado a cancelar as sessões desta semana

As duas sessões da instrução do processo BES/GES que estavam agendadas para esta semana, uma das quais para a tarde desta terça-feira, ficaram sem efeito, apurou aTVI/CNN Portugal, canceladas pelo novo juiz do caso, Pedro Correia, que decidiu dar tempo ao Ministério Público para se pronunciar sobre as últimas nulidades e irregularidades levantadas pelas defesas - o que volta a parar o maior e mais importante processo judicial do país, com risco de prescrição de alguns crimes já em fevereiro de 2023.

Em causa, dois requerimentos apresentados na última semana a contestarem a nomeação do atual juiz do processo, que ocupou o lugar de Ivo Rosa - uma decisão do Conselho Superior da Magistratura.

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O magistrado viu-se, assim, obrigado a cancelar as sessões desta semana, até que o Ministério Público se pronuncie sobre os requerimentos apresentados.

Não há, para já, novas datas marcadas, segundo um despacho que chegou aos vários advogados.

A instrução do caso BES estava nas mãos do juiz Ivo Rosa que, entretanto, foi promovido para o Tribunal da Relação de Lisboa.

Ivo Rosa perdeu o caso BES, mas continua com o processo "O negativo", conhecido por "máfia do sangue", que tem debate instrutório marcado para 3 de Outubro, sabe a CNN Portugal.

Recorde-se que o processo BES/GES contava inicialmente com 30 arguidos - 23 pessoas e sete empresas -, mas restam agora 26 arguidos, num total de 23 pessoas e três empresas.

Este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.

Segundo o Ministério Público, cuja acusação contabilizou cerca de quatro mil páginas, a derrocada do Grupo Espírito Santo, em 2014, terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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