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Schröder evita para já expulsão do partido no poder na Alemanha por laços com Putin

Um recurso contra esta decisão ainda pode ser interposto pelos membros do SPD, no prazo de um mês

O antigo chanceler alemão Gerhard Schröder escapou esta segunda-feira à expulsão do Partido Social Democrata (SPD), apesar da pressão da formação de Olaf Scholz para ser excluído devido à sua proximidade com o Presidente russo, Vladimir Putin.

"Gerhard Schröder não foi considerado culpado de uma violação das regras processuais do partido, nenhuma infração pode ser provada contra ele", disse a secção do SPD de Hannover (norte), o reduto do ex-chanceler, em comunicado.

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"A comissão de arbitragem considera que as relações pessoais são parte do campo da privacidade", acrescentou, considerando, no entanto, "desejável" um "claro distanciamento" em relação a Putin.

Atualmente no poder, o partido político mais antigo da Alemanha tem estado sob críticas durante meses devido ao facto de Schröder, agora com 78 anos, que chefiou o governo alemão entre 1998 e 2005, continuar a cultivar os seus laços com o chefe de Estado russo, apesar da guerra na Ucrânia.

Um recurso contra esta decisão ainda pode ser interposto pelos membros do SPD, no prazo de um mês.

Para o líder deste partido, Lars Klingbeil, o fracasso da tentativa de exclusão é temporário e "politicamente, Gerhard Schröder está isolado com as suas posições dentro do SPD".

A decisão é "má" para a "credibilidade do SPD", mas também "má para todo o nosso país", disse Thorsten Frei, deputado conservador da oposição.

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