As forças de segurança afegãs utilizaram, esta quarta-feira, canhões de água para dispersar protestos de mulheres que se manifestaram contra o encerramento de cabeleireiros e salões de beleza ordenado pelos talibãs.
Durante o protesto, as mulheres gritavam "trabalho, pão e justiça" e uma delas segurava um cartaz que dizia: “Não me tirem o pão e a água".
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Os talibãs responderam com canhões de água, e algumas manifestantes disseram que também foram utilizadas armas de choque contra elas, reporta a BBC.
A missão das Nações Unidas no Afeganistão já condenou o ato das autoridades afegãs: “As notícias sobre a repressão de um protesto pacífico de mulheres contra a proibição dos salões de beleza - a mais recente negação dos direitos das mulheres no Afeganistão - são profundamente preocupantes.”
Reports of the forceful suppression of a peaceful protest by women against the ban on beauty salons – the latest denial of women’s rights in #Afghanistan – are deeply concerning. Afghans have the right to express views free from violence. De facto authorities must uphold this.
— UNAMA News (@UNAMAnews) July 19, 2023
No final de junho, o Ministério da Promoção da Virtude e da Prevenção do Vício deu cerca de um mês aos cabeleireiros e salões de beleza para fecharem os seus negócios e proibiu uma das poucas oportunidades que as mulheres tinham de socializar fora de casa.
Este tipo de restrições não é novo no regime talibã. Desde que retomaram o poder, em agosto de 2021, os talibãs têm vindo a impor uma série de restrições às jovens e mulheres, como por exemplo, proibindo-as de frequentarem as escolas e universidades, de irem a parques, parques de diversões e ginásios e ordenando-lhes que se tapassem em público.
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