"Acho que ficou desapontado". Zelensky deixou Lula 'pendurado' na cimeira do G7

21 mai 2023, 20:04
Volodymyr Zelensky na cimeira do G7 (EPA/LOUISE DELMOTTE)

O presidente ucraniano tinha convidado o homólogo brasileiro para uma reunião bilateral, à margem da cimeira do G7, mas o encontro acabou por não acontecer.

Por estes dias, o mundo está de olhos postos na cimeira do G7, em Hiroshima, no Japão, onde os representantes das sete democracias mais industrializadas do mundo receberam o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que aproveitou para se reunir com vários líderes à margem da cimeira. Mas não com todos.

Na sexta-feira, a imprensa brasileira revelou que Zelensky convidou o homólogo brasileiro, Lula da Silva, para uma reunião bilateral à margem do evento. Inicialmente, Lula terá mostrado alguma relutância em aceitar o convite, mas o gabinete do presidente brasileiro acabou por aceder ao pedido e disponibilizar uma hora para um encontro com o chefe de Estado ucraniano.

Mas o encontro acabou por não acontecer. O anúncio foi feito pela equipa do presidente brasileiro, que apontou como motivo a "incompatibilidade de agendas" entre os dois chefes de Estado - algo que Zelensky acabou por confirmar mais tarde, em conferência de imprensa no Parque da Paz, em Hiroshima.

"Encontrei-me com quase toda a gente, todos os líderes. Cada um tem a sua própria agenda, foi por isso que não consegui reunir-me com o presidente brasileiro", justificou o presidente ucraniano.

Questionado sobre se estava desapontado por não ter conseguido encontrar-se com Lula, Zelensky respondeu: "Penso que ele ficou desapontado."

Zelensky foi convidado a marcar presença na cimeira do G7 (Stefan Rousseau/Pool via AP)

O presidente ucraniano aproveitou ainda o momento para falar sobre a situação em Bakhmut, contrariando as informações do Grupo Wagner e do Kremlin sobre a captura daquela cidade. Zelensky insistiu que Bakhmut "não está ocupada pela Rússia", mas lamentou o nível de destruição da região, comparando-a à cidade de Hiroshima após os bombardeamentos atómicos em 1945.

“Posso dizer honestamente que as imagens de Hiroxima destruída me fazem lembrar Bakhmut. Não resta absolutamente nada vivo, todos os edifícios estão destruídos (…)", lamentou perante os jornalistas.

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