Zelensky e povo ucraniano recebem prémio Carlos Magno: "Não queremos alternativa a não ser paz"

14 mai 2023, 18:12

Prémio reconhece que a sua resistência à invasão russa é uma defesa "não só da soberania do seu país e da vida dos seus cidadãos, mas também da Europa e dos valores europeus"

O presidente ucraniano recebeu este domingo, em nome do povo ucraniano, o prémio Carlos Magno pelos serviços prestados à Europa. A entrega do prémio marcou o fim da visita à Alemanha, na qual garantiu uma nova ajuda militar e o apoio caloroso de Berlim.

No seu discurso em inglês, antes de mudar para ucraniano, Volodymyr Zelensky afirmou que "os ucranianos tornarão sempre a Europa mais forte", tendo sido aplaudido de pé pelos presentes na sala da Coroação da Câmara Municipal de Aachen.

Dirigindo-se depois em ucraniano ao público, onde se encontravam personalidades como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, Zelensky afirmou que a Ucrânia "não quer alternativa a não ser paz".

"A Ucrânia propõe uma vitória não apenas nesta guerra, mas uma vitória sobre a agressão, as anexações, as deportações e a catástrofe do genocídio, em qualquer parte do mundo", afirmou.

No mesmo evento, Scholz que evitou uma pergunta sobre a rápida adesão de Kiev à aliança militar da NATO, sublinhou o apoio da Alemanha ao desejo ucraniano de aderir à União Europeia.

"Volodymyr Zelensky tem todo o nosso apoio no seu caminho para a União Europeia. Vladimir Putin pode ter pensado que poderia forçar a nação ucraniana a sair do seu caminho para a Europa através da violência, mas todos os seus tanques, drones e lançadores de foguetes tiveram o efeito oposto", afirmou Scholz.

O governo alemão anunciou 2,7 mil milhões de euros de ajuda militar à Ucrânia no sábado, o maior pacote deste tipo desde a invasão russa.

Zelensky recebeu o Prémio Internacional Carlos Magno, que lhe foi atribuído em conjunto com o povo da Ucrânia, em Aachen, na Alemanha, depois de ter sido recebido em Berlim por chanceler Olaf Scholz e pelo presidente Frank-Walter Steinmeier.

Segundo os organizadores, o prémio reconhece que a sua resistência à invasão russa é uma defesa "não só da soberania do seu país e da vida dos seus cidadãos, mas também da Europa e dos valores europeus".

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