Presidente chinês diz que a China e o Vietname devem “promover conjuntamente o desenvolvimento da causa do socialismo no mundo”
O presidente chinês, Xi Jinping, disse esta segunda-feira ao homólogo vietnamita, To Lam, que a China “vai considerar sempre o Vietname uma prioridade” na sua política externa, sublinhando a importância de manter a “amizade e cooperação”.
“O nosso compromisso com o socialismo e a amizade entre as nossas nações tornará o nosso caminho cada vez mais amplo e forte”, disse Xi, citado pela televisão estatal chinesa CCTV.
O responsável garantiu que a China apoia o país vizinho a “manter o seu sistema socialista sob a liderança do Partido Comunista do Vietname”.
Afirmou ainda que a China e o Vietname devem “promover conjuntamente o desenvolvimento da causa do socialismo no mundo”.
To chegou à China no domingo, na primeira visita oficial ao estrangeiro desde que foi eleito secretário-geral do Partido Comunista do Vietname, o cargo mais poderoso do seu país, no início de agosto.
Xi sublinhou a importância desta visita como exemplo da “elevada prioridade” que as duas nações atribuem às relações bilaterais e da “natureza estratégica” dos laços entre Pequim e Hanói.
To aterrou no domingo na cidade de Cantão, no sul do país, para uma visita oficial que se prolongará até terça-feira.
O líder vietnamita estava no cargo interinamente desde 18 de julho, após a morte do antecessor, Nguyen Phu Trong, e foi eleito por unanimidade pelos membros do Comité Central do Partido Comunista do Vietname.
Xi aproveitou a reunião para expressar profundo pesar pela perda de um “bom camarada e amigo”, referindo-se a Nguyen.
A neutralidade diplomática do Vietname, que visa maximizar os próprios interesses, atingiu novos patamares, tendo recebido em menos de um ano o Presidente russo, Vladimir Putin, o Presidente norte-americano, Joe Biden, e Xi Jinping.
A visita de To a Pequim exemplifica a “diplomacia do bambu” de Hanói, caracterizada pela flexibilidade e pela recusa em se alinhar com um bloco específico.
China e Vietname partilham uma fronteira de quase 1.300 quilómetros e fortes laços económicos, com o comércio bilateral a atingir 175,6 mil milhões de dólares (159 mil milhões de euros), em 2022.