"A Rússia põe a tecnologia ao serviço do terror" afirmou Olena Zelenska na Web Summit, em Lisboa

Agência Lusa , PP
1 nov 2022, 22:28

Primeira-dama da Ucrânia só foi anunciada este domingo à tarde como convidada da Web Summit por razões de segurança

A mulher do Presidente ucraniano, Olena Zelenska, acusou este domingo, em Lisboa, a Rússia de colocar a tecnologia "ao serviço do terror" e pediu ajuda ao setor da inovação.

"A Rússia põe a tecnologia ao serviço do terror e o que vemos hoje é resultado do uso dessa tecnologia", afirmou, ao encerrar a cerimónia de abertura do evento tecnológico Web Summit, tendo mostrado imagens da destruição deixada por um míssil na capital ucraniana, Kiev.

Zelenska, que foi anunciada como convidada da Web Summit apenas este domingo à tarde, por razões de segurança, disse que especialistas em tecnologia russos que antes trabalhavam no setor privado colaboram agora na guerra contra a Ucrânia e pediu ajuda aos empreendedores.

"Outros podem ajudar-nos a lutar contra eles [russos] e parar este terror", aludiu, assinalando que "a tecnologia deveria ser usada para salvar e ajudar pessoas, não para destruir".

"Vocês são a força que move o mundo", sublinhou, dirigindo-se à plateia do recinto principal da Web Summit, formada essencialmente por empresários.

A primeira-dama da Ucrânia lamentou que as escolas do país, invadido pela Rússia há oito meses, estejam a canalizar dinheiro para a compra de geradores em vez de investirem em alta tecnologia para o ensino.

Numa segunda intervenção durante a cerimónia, que antecedeu a de Olena Zelenska, que, no final, foi ovacionada pela assistência de pé, o fundador e presidente-executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, pediu que a Irlanda, o seu país de origem, deixe de "financiar os oligarcas russos".

A sétima edição da Web Summit, que decorre até sexta-feira, conta com mais de 70.000 participantes, 2.630 'startups' e empresas, 1.120 investidores e 1.040 oradores.

O evento tecnológico, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações, em Lisboa, em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028.

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