Costa e o seu Governo não aplaudiram Zelensky (e Costa fez um olhar a uma ministra que começou a aplaudir): a explicação

21 abr 2022, 18:06

Governo decidiu cumprir uma tradição parlamentar. Marcelo aplaudiu o presidente ucraniano

Quase todas as pessoas presentes na Assembleia da República aplaudiram o discurso de Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia. Quase todas porque ficaram a faltar quatro: é que nenhum dos membros do Governo presentes bateu palmas (pelo menos até ao fim).

Novatos nestas andanças, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação e a ministra da Defesa, Helena Carreiras, ainda esboçaram um aplauso mas pararam rapidamente, sendo que no caso da ministra isso ocorreu depois de um olhar do primeiro-ministro (ver minuto 00:05 do vídeo em baixo). António Costa, tal como Ana Catarina Mendes, não bateram palmas uma única vez.

António Costa decidiu seguir à risca as regras que se praticam no Parlamento neste género de intervenções e por isso nem ele nem os membros do seu Governo bateram palmas no fim do discurso de Zelensky. Segundo adiantaram várias fontes à CNN Portugal, há uma regra, de tradição longa, em que, tendo em conta a separação de poderes legislativo e executivo, define que este último nunca se deve manifestar ou bater palmas dentro do hemiciclo. 

O primeiro-ministro optou por não quebrar a tradição do funcionamento parlamentar, mesmo estando num evento excecional.

É por causa desta regra que, quando os membros do Executivo vão falar ao Parlamento, os colegas de Governo que estão presentes nunca batem palmas. De resto, esta tradição mantém-se nas mais variadas intervenções e ocasiões, seja em cerimónias do 25 de Abril, seja em discursos do presidente da Assembleia da República.

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