Empresa alemã que produziu o VoloCity, que se propôs realizar várias viagens durante os Jogos Olímpicos, precisa urgentemente de investidores
Uma das propostas inovadoras para os Jogos Olímpicos de Paris seria a implementação de um serviço de táxi aéreo, no entanto, não só a promessa não se concretizou como a empresa alemã responsável pelo veículo está atualmente a lutar para não falir.
A Volocopter, empresa pioneira em mobilidade aérea urbana, prometeu que a sua aeronave elétrica de dois lugares chamada VoloCity seria capaz de transportar passageiros em trajetos dentro das cidades.
Mas em Paris acabou por realizar apenas voos de demonstração. Isto porque, nos bastidores, a empresa enfrentava um desafio crucial: garantir a captação de novos investimentos para manter as portas abertas.
Depois de as negociações para um empréstimo governamental de 100 milhões de euros terem fracasso ainda antes dos Jogos, a Volocopter continua à procura de novos investidores. Atualmente, a empresa alemã está em negociações avançadas com a chinesa Geely para a venda de uma participação maioritária de 85%. Em troca, a Volocopter receberia um investimento de 90 milhões, parceria que poderá implicar a transferência da produção para a China, escreve a BBC.
A Volocopter é uma das dezenas de empresas inovadoras no setor de aviação, que desenvolve aeronaves elétricas de descolagem e aterragem vertical (eVTOL). Os seus aparelhos pretendem oferecer a agilidade dos helicópteros, mas mais pequenos, silenciosos e eficientes energeticamente.
Apesar do potencial, o alto custo de certificação e produção deste tipo de aeronaves elétricas tem levado alguns investidores a abandonar o setor, diante dos desafios regulatórios e operacionais, segundo a BBC.