Esteve meses no estaleiro para trabalhos de manutenção e tinha regressado à água há apenas três dias. Um membro da tripulação disse ao New York Times que preparava-se para deixar o porto italiano
Chama-se "Scheherazade", está avaliado em 662 milhões de euros e foi impedido de deixar a Marina di Carrara, em Massa, na Toscânia, por suspeitas de pertencer a Vladimir Putin.
O superiate pertence a uma empresa offshore com sede nas Ilhas Marshall chamada Beilor Asset Limited e, embora não se saiba quem é o verdadeiro dono, uma investigação italiana estabeleceu "vínculos económicos e comerciais significativos entre a pessoa que possui oficialmente o Scheherazade e membros célebres do governo russo", acreditando-se que possa pertencer ao presidente russo.
As conclusões da investigação, que demorou várias semanas, levaram à apreensão do Scheherazade na sexta-feira, por decisão do ministro da Economia e Finanças italiano, Daniele Franco, com base nas sanções europeias aos oligarcas russos próximos do Kremlin e, sobretudo, de Vladimir Putin.
A embarcação encontrava-se desde setembro num estaleiro para trabalhos de manutenção, mas tinha regressado na terça-feira à água, segundo noticiou o New York Times, com base em informações de um membro da tripulação, que adiantou ainda que iriam deixar o porto italiano de imediato.
Luxo é palavra de ordem no Scheherazade, que tem spa, piscinas, dois heliportos, lareira e mesa de bilhar à prova do balanço das ondas.