Liga Conferência: Zurique-V. Guimarães, 0-3 (destaques)

8 ago, 20:42

Nuno Santos e Nélson Oliveira terminaram o que Mangas e Tiago Silva começaram

A FIGURA DO JOGO: Nuno Santos, o desbloqueador

Se é verdade que foi a jogo quando o Vitória estava já em vantagem, aos 79m, não será menos factual que o médio destroçou as linhas recuadas do Zurique. Logo na primeira intervenção, aos 80m, ameaçou o 0-2. No caminho da baliza, o esférico desviou na cabeça de um defesa dos suíços.

Oito minutos volvidos, Nuno Santos cruzou, pela direita, na direção de Nélson Oliveira, que, de cabeça, forçou Gómez a conceder o segundo golo.

Pleno de energia, o médio assinou a segunda assistência aos 90+3m. Uma vez mais pela direita, voltou a servir Nélson Oliveira, para o 0-3. Em suma, 14 minutos foram suficientes para Nuno Santos arredar o Zurique da eliminatória e tranquilizar as hostes vimaranenses.

O MOMENTO DO JOGO: Ricardo Mangas de faro apurado, 54 minutos

Foi o responsável por empurrar o esférico para o primeiro golo da partida, mas, importa salientar, desde cedo galvanizou os «Conquistadores» para a área contrária. Ainda que fosse privilegiado com particular atenção da defesa do Zurique, o extremo soube interpretar o bloco defensivo e encontrar o seu espaço, no limite do fora de jogo.

Leia a crónica desta partida, aqui.

Outros destaques

Tiago Silva: o mais visado pela pressão contrária e o cérebro do Vitória na primeira parte. Ora na defesa, ora nas costas de Chuchu Ramírez, o sempre combativo foi o primeiro a compreender a fórmula para contrariar a estratégia dos suíços.

Chuchu Ramírez: apesar das poucas oportunidades para rematar, demonstrou insistência e capacidade para integrar a transição. Ademais, é chamado a defender nas bolas paradas, cumprindo essa missão.

Kaio César: veloz e inconformado, acompanhou Chuchu na procura do golo. Apesar da pólvora seca, assistiu Ricardo Mangas. Diante de adversários predispostos a atacar, encontrará espaços para brilhar.

Borevkovic e Jorge Fernandes: apesar da participação ofensiva e de uma tarde maioritariamente tranquila, a dupla no centro da defesa vimaranenses revela-se frágil. Por exemplo, aos 33m, o extremo Emmanuel foi travado por Bruno Varela, depois de fintar Jorge Fernandes na linha lateral. Em simultâneo, ficaram patentes algumas falhas de comunicação entre estes defesas e o lateral João Mendes. Se na frente este Vitória é promissor, o centro da defesa é uma debilidade.

Nélson Oliveira: em dia de aniversário, o experiente ponta de lança esteve em plena sintonia com Nuno Santos. Assistido por duas vezes, marcou aos 90+3m, depois de forçar Gómez a um auto-golo. À imagem da restante turma de Rui Borges, o avançado mostrou-se determinado a «competir» pela titularidade. Esta tarde ajudou a capitalizar o desgaste dos defesas e a quase anarquia na estratégia do Zurique, quando os suíços ainda tinham esperança no empate.

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