O processo com mais de quatro anos chegou ao Tribunal de Família e Menores, que decidiu manter as crianças na casa de acolhimento e abrir um processo de adoção, alegando, segundo o acórdão citado pelo Jornal de Notícias, que a TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) consultou, que a mãe tinha uma personalidade rígida e que vivia numa casa com poucas condições
O Tribunal da Relação de Lisboa impediu que quatro crianças menores fossem retiradas em definitivo à mãe e colocadas numa instituição para serem adotadas.
Ao contrário da decisão em primeira instância, os juízes da Relação consideraram que a mãe vai saber educar, cuidar e orientar os filhos de cinco, seis, sete e oito anos.
Os irmãos estiveram por duas vezes em instituições. Primeiro porque estavam expostos à violência doméstica do pai contra a mãe, depois por terem sido encontrados sozinhos sem supervisão de um adulto em três ocasiões, uma das quais tendo sido a deixá-los sozinhos num restaurante para comprar cigarros.
O processo com mais de quatro anos chegou ao Tribunal de Família e Menores, que decidiu manter as crianças na casa de acolhimento e abrir um processo de adoção, alegando, segundo o acórdão citado pelo Jornal de Notícias, que a TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal) consultou, que a mãe tinha uma personalidade rígida e que vivia numa casa com poucas condições.
A mãe recorreu e o tribunal superior deu-lhe razão.
"Mãe que nunca os abandonou, mãe que sempre se bateu pelo seu regresso ao lar, mãe que, apesar de todas as adversidades, sempre trabalhou, foi melhorando as suas condições materiais de vida e a sua preparação técnica em várias áreas, mãe que, apesar da separação dos filhos que a todos foi imposta, mantém com os mesmos uma forte relação, que as crianças correspondem", pode ler-se no acórdão.
A decisão da Relação de Lisboa volta a reunir mãe e filhos, aconselhando mesmo apoio psicológico para todos e apoio financeiro por parte da segurança social. Foi ainda recomendando ao tribunal de primeira instância que interceda junto da Câmara Municipal para a progenitora recuperar a casa que lhe tinha sido atribuída.