PJ deteve jovem de 22 anos suspeito de ter violado rapariga de 16 anos em Coimbra

Agência Lusa , PP
20 set, 18:14
Redes sociais

Os dois jovens ter-se-ão conhecido, num encontro ocasional, no início do ano, na baixa de Coimbra e, a partir daí, mantiveram contacto através das redes sociais

Um jovem de 22 anos foi detido pela Diretoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de ter violado uma rapariga de 16 anos, em Coimbra, informou hoje aquela entidade de investigação criminal.

Em declarações à agência Lusa, fonte da PJ explicou que o suspeito do crime de violação, de nacionalidade estrangeira, foi detido na noite de quarta-feira na sequência de uma investigação sobre factos que terão ocorrido no passado mês de fevereiro.

De acordo com a mesma fonte, os dois jovens ter-se-ão conhecido, num encontro ocasional, no início do ano, na baixa de Coimbra e, a partir daí, mantiveram contacto através das redes sociais.

Em início de fevereiro, o agora arguido, através das mesmas redes sociais, convidou a menor para um encontro “para saírem juntos” ao que a rapariga, da mesma nacionalidade do alegado agressor, acedeu.

“Foi buscá-la na sua viatura e, enquanto circulavam, ele deu-lhe uma substância para fumar, começando a vítima a ficar tonta e, depois, com perda de consciência. O arguido conduziu-a para uma zona de floresta, nas imediações de Coimbra e consumou a violação”, vincou a fonte da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária.

Os factos aconteceram ao final da tarde e “quando a vítima recuperou a memória, percebeu o que tinha acontecido e que estava num local isolado. Com receio, manteve-se em silêncio”, tendo o suspeito levado a rapariga de volta à casa onde a tinha ido buscar.

A menor “por temer a reação dos familiares” não contou o que tinha acontecido, “entrou em depressão, e, passado algum tempo, com pensamentos suicidas, ingeriu uma grande quantidade de comprimidos”, situação que levou a que fosse internada no Hospital Pediátrico de Coimbra, indicou a fonte da PJ.

No hospital, a jovem acabou por revelar o que tinha acontecido no encontro com o agressor em fevereiro, tendo uma fonte da unidade de saúde denunciado a situação à Polícia Judiciária, que iniciou a investigação.

A vítima é estudante e, na altura dos factos, estava em Portugal há pouco tempo, “ainda em fase de adaptação a um país novo e a uma nova realidade. Ficou naturalmente traumatizada, quando isto aconteceu calou-se, com medo de contar aos familiares e entrou num quadro depressivo”, enfatizou a fonte da Diretoria do Centro da PJ.

Já o detido, com 22 anos e sem antecedentes criminais, não tem ocupação profissional.

O alegado agressor foi presente a tribunal na manhã de hoje e vai ficar a aguardar julgamento em liberdade, com apresentações duas vezes por semana às autoridades, proibição de contactar a vítima e de se ausentar do país.

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