Existem mandados de detenção em nome da mãe, mas os documentos não têm validade em Espanha
Igor Brito não consegue esquecer uma data. A 10 de setembro de 2022 o filho desapareceu, tinha então dois anos, sem deixar rasto.
Agora com quatro anos, a criança deu entrada no hospital de Vigo, na Galiza, zona espanhola a norte de Espanha.
“Recebi uma chamada do tribunal português a dizer que o meu filho estava em Vigo. Fiquei todo contente, vim para Vigo no mesmo momento”, conta à CNN Portugal, a quem revelou um desgosto.
É que, segundo este pai, “a justiça portuguesa só fez parte do processo”, continuando a ser possível que a mãe, que levou a criança há quase dois anos, continue com a guarda do menino.
“Este menino está sequestrado há dois anos”, garante, referindo que esse tempo foi passado nos Emirados Árabes Unidos, mais precisamente no Dubai.
Isto sem se perceber porquê, uma vez que existem mandados de detenção emitidos, mas que estão a esbarrar nas férias judiciais.
“Não temos nenhuma forma. Este documento é válido em Portugal mas aqui não tem validade nenhuma”, acrescenta Igor.
O que também não se percebe é como veio a criança parar a Vigo, onde deu entrada com uma pneumonia. Espera-se que a criança tenha alta já esta sexta-feira, sendo uma incógnita o que acontece depois.