Um peluche do Pikachu e armas na marquise: assim é o quarto do jovem que planeava um ataque na faculdade

11 fev 2022, 20:17

O jovem que planeava um ataque à Universidade em Lisboa foi detido quinta-feira às 7 da manhã no quarto da casa que partilhava com outros estudantes nos Olivais, em Lisboa.

Esta é a reconstituição do espaço tal como é descrito pelos investigadores: a cama estava desfeita e em cima dos lençóis estava um peluche do Pikatchu.

Na secretária, um diário escrito em inglês onde estava o plano do ataque ao pormenor. Também numa placa de cortiça pendurada na parede. E a expressão “LAST DAY.” O último dia, a convicção que iria sair morto do ataque.

Na capa do diário uma personagem da banda desenhada que o jovem tanto aprecia. Na quarta feira, o rapaz mostrava no Instagram a última aquisição: este boneco - Rimuru Tempest, o Grande Lorde Demónio da série que seguia na internet.

Colado ao quarto, está a marquise que alertou a PJ: era aí que estavam as armas. Facas, uma besta, catana, botijas de gás: uma série de artefactos criminosos preparados para usar no dia a seguir.

O estudante planeava um ataque à Faculdade de Ciência da Universidade de Lisboa (FCUL). Tinha como objetivo cometer o maior número possível de homicídios sobre colegas universitários, de forma indiscriminada, num dia em que decorriam exames de segunda fase, juntando centenas de alunos. O plano seria aplicado esta sexta-feira.

O suspeito foi entretanto detido pela Polícia Judiciária, que, através da Unidade Nacional de Contraterrorismo, seguiu as pistas do FBI e conseguiu uma identificação e morada. Esta quinta-feira, após realizar uma busca à casa do jovem, confirmou que este detinha um plano pormenorizado do ataque, "com os detalhes da ação criminal a desencadear". No quarto tinha também várias armas brancas (facas, catanas e uma besta com dardos de aço), botijas de gás, garrafas com gasolina e isqueiros. 

Vai ficar em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Lisboa, sem internamento. Segundo apurou a CNN Portugal, a juíza de instrução validou a indiciação por terrorismo. Em causa está continuação de atividade criminosa e alarme social.

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