Ucrânia estará com vontade de avançar para Belgorod, mas será "prejudicada" com tomada de posse de Trump
O comandante João Fonseca Ribeiro do Observatório de Segurança e Defesa da SEDES, o jornalista da CNN Portugal Sérgio Furtado e Víctor Ângelo, ex-secretário-geral adjunto da ONU analisam os últimos desenvolvimentos na guerra na Ucrânia.
Sérgio Furtado concorda que Kursk poderá ser usada como “moeda de troca” nas futuras negociações com Moscovo. A destacar também o alívio sentido pelos militares na zona de Kharkiv, dando “margem de manobra” à Ucrânia.
João Fonseca Ribeiro admite que a Ucrânia possa “tomar iniciativa sobre o oblast de Belgorod”, causando “problemas” às forças russas nas suas fragilidades. “Estamos num limbo entre o que poderá ser feito até à tomada de posse de Trump e o que não poderá ser feito a partir daí”, diz.
Victor Ângelo diz que o “verdadeiro desafio” é o plano que Donald Trump vai apresentar para a guerra na Ucrânia, considerando que tem “poucas ou quase nenhumas alavancas que permitam fazer pressão sob Putin”. “Na realidade, se avançar com um plano de paz, será a Ucrânia que será prejudicada”, diz.