Tráfico de armas, escravatura, homicídio, caça de baleias. Este mural quer chamar a atenção para os crimes que acontecem nos oceanos e que ninguém vê
Quem passa por Alcântara, em Lisboa, dificilmente fica indiferente aos animais marinhos e às cores chamativas que cobrem a Estação Elevatória da Rocha Conde de Óbidos. Esta pintura conta uma história de sobrevivência, e os oceanos são os grandes protagonistas.
A pintar nas ruas há apenas cerca de dois anos, Effe - nome artístico de Filipe Ribeiro - não esperava ser contactado por um ex-jornalista do New York Times devido ao seu trabalho. Certo é que Ian Urbina precisava de um artista português, e assim que o descobriu nas redes sociais não hesitou em fazer o convite para integrar o seu novo projeto - The Outlaw Ocean Mural Project.
Já com cerca de 20 artistas de diferentes nacionalidades envolvidos, a iniciativa procura chamar à atenção para os diversos crimes que ocorrem nos oceanos, mas que ninguém vê. Entre eles o tráfico de armas, a pesca ilegal, a poluição e a escravatura. Os murais retratam a interpretação de cada criador sobre as problemáticas.
The Outlaw Ocean Mural Project é apenas um dos projetos da organização não-governamental fundada por Ian Urbina, pouco depois de deixar o New York Times para se dedicar ao lado mais sombrio o alto mar. Também a música foi um dos canais que o jornalista decidiu usar como meio de comunicação para os seus trabalhos jornalísticos.