"O Restelo, o Príncipe Real e a Quinta da Marinha também estão cheios de imigrantes. Mas lá não encontra nenhum a ser encostado à parede"
Depois do debate na Assembleia da República sobre o estado da segurança em Portugal, o confronto entre Isabel Moreira e Helena Matos no “Crossfire”.
Isabel Moreira começa por considerar que foi um debate para o Chega“fazer um discurso de ódio contra imigrantes, contra pessoas ciganas em geral, convidando a polícia a encostar à parede”.
A deputada do PS diz que a operação da PSP no Martim Moniz serviu para alimentar o “trauma” da comunidade imigrante a viver naquela área de Lisboa, com relatos que recebeu na primeira pessoa de quem foi encostado à parede pelas autoridades.
“Vivi durante muito tempo perto de um estádio de futebol. E digo-lhe: as claques de futebol estão pejadinhas de traumas, porque são encostadas às paredes”, responde Helena Matos, insistindo que a operação no Martim Moniz foi uma “operação legalmente enquadrada”.
A comentadora cita indicadores para realçar como “em determinados locais e para determinados grupos” existe efetivamente um aumento da insegurança. “É obvio que o impacto deste tipo de acontecimentos não pode ter uma leitura meramente estatística”, diz.