Ministro pede cautela e alerta para "banalização" após amnistia entregue pela Igreja Católica
Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, não descarta vir a ser o candidato do PSD à Câmara do Porto. “Não tenho nenhuma decisão tomada”, afirmou em entrevista à CNN Portugal.
“É muito cedo para lhe dar uma resposta concreta”, reiterou, admitindo, contudo, ter uma relação “intensa e apaixonada” com a cidade.
Questionado sobre se Marques Mendes é o candidato preferencial do PSD a Belém, Pedro Duarte reconhece que “é uma pessoa que está muito bem preparada para o exercício da função”. “Precisamos de um perfil que não vá extremar, polarizar, gerar confrontos”, justificou.
Confrontado com o caso Hélder Rosalino, Pedro Duarte recusou que a convocação da comissão de vencimentos do Banco de Portugal seja uma retaliação ao governador Mário Centeno. “Não, não é”, garantiu, explicando que o ministro das Finanças é, “por inerência” o presidente dessa mesma comissão, que já não se reúne há vários anos.
Depois do debate no Parlamento sobre segurança, Pedro Duarte defende a atuação da polícia no Martim Moniz. “Não tenho nenhuma razão para achar, nesta fase, que foi desproporcional”, respondeu na CNN Portugal.
Ainda assim, o ministro lança fortes críticas ao PS de Pedro Nuno Santos por “colocar em causa” a atuação da polícia” quando se dirigiu à Rua do Benformoso. “Desautorizando a polícia, no fundo”, disse.
A garantia deixada é de que o Governo está “muito empenhado em apoiar as polícias” e que “não se deixa influenciar” pelas posições do Chega em matéria de segurança.
Quando questionado sobre o pedido de uma amnistia alargada entregue pela Igreja Católica, o ministro prometeu uma análise “com toda a atenção”, mas alertou para a necessidade de cautela, uma vez que há riscos de “banalização” deste tipo de iniciativas.