Madeira já acolheu mais de 400 refugiados. "Os que falam inglês estão completamente integrados e adoram a ilha"

Correspondente CNN Portugal na Madeira
9 ago 2022, 11:45

Um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra na Ucrânia: foi assim no Funchal para muitos dos mais de 400 refugiados que a Madeira já acolheu. Nas camisolas manchadas de ‘sangue’ lê-se Lviv, Kharkiv, Bucha, Mariupol - cada uma representa uma cidade invadida pelos russos, cada rosto conta uma história de dor e de esperança. Um paradoxo que as crianças explicam como ninguém.

Max diz que adora viver na Madeira: "Já fiz muitos, muitos amigos, gosto do parque de skates, das pessoas". Uma opinião partilhada por muitas crianças refugiadas presentes nesta vigília. 

A principal dificuldade dos que escolheram ficar continua a ser o idioma e encontrar alojamento a preços que possam pagar. 130 refugiados estão a receber o rendimento social de inserção, 30 foram integrados no mercado de trabalho pelos serviços do Executivo. 

A representante dos ucranianos na Madeira lembra que “os que falam inglês estão completamente integrados e adoram a ilha, as crianças estão na escola, temos miúdos que já falam português fluente.”

O grupo hoteleiro Pestana foi um dos que mais refugiados acolheram a nível nacional. Primeiro na oferta de alojamento, depois na integração no mercado de trabalho. Paulo Prada, administrador do grupo, garante que “é também uma questão de responsabilidade social” e que “a partir do momento em que começam a trabalhar têm um contrato de trabalho igual ao nacional”. 

São sobretudo mulheres e crianças, vieram para a Madeira de mãos dadas e assim permanecem na esperança de poder regressar a uma Ucrânia novamente livre.

País

Mais País

Patrocinados