“Estavam vivos, a respirar, mas não podíamos fazer mais nada por eles”. O relato de um médico que estava a trabalhar durante o ataque ao hospital de Gaza
18 out, 12:33
Fadl Naeem é diretor clínico de Urgência Ortopédica do hospital Al-Ahli al-Arabi e estava no bloco operatório quando o estabelecimento foi atingido por rockets. “Entraram pessoas a gritar para as salvarmos, a dizer que havia mortos e feridos”, conta. “Foi um choque para todos nós.”
O médico revela que “o hospital já estava cheio de mortos, feridos e partes de corpos” e que o ataque agravou ainda mais a situação. “Havia pessoas a chorar e a gritar. Tentámos prestar primeiros-socorros, mas havia demasiados feridos para os recursos humanos limitados do hospital. Muitos foram martirizados. Alguns estavam vivos, vimo-los vivos a respirar, mas não podíamos fazer mais nada por eles. Foram martirizados à nossa frente, nós vimo-los”.