"Em Portugal não pressionamos mercados de produtos fúteis, mas sim de produtos estritamente indispensáveis": João Santos
Numa altura em que se espera um abrandamento da subida das taxas de juro do Banco Central Europeu, o discurso de Christine Lagarde volta a endurecer. Vai ser um ano ainda mais difícil para as famílias.
Ao mesmo tempo, a presidente do BCE exige aos estados-membros que "parem já" com os apoios anti-inflação, pois de outro modo a subida dos juros pode não ter fim à vista.
"Mais do que desumano, é contribuir para a miséria social", critica João Santos. O economista diz que Lagarde veio "radicalizar o discurso em tom de ameaça", quando tudo fazia prever que o BCE "fosse acalmar", no seguimento dos problemas com alguns bancos à escala global.
O comentador destaca ainda que, em Portugal, "não pressionamos mercados de produtos fúteis, nós pressionamos apenas mercados de produtos estritamente indispensáveis para a nossa subsistência".