Costa reafirma confiança no SIS e não comenta trabalho das comissões parlamentares: "Nao vale a pena alimentar polémicas onde elas não existem"
O primeiro-ministro António Costa recusou-se a comentar os trabalhos das comissões parlamentares que estão a analisar quer a gestão da TAP quer a atuação do SIS na recuperação do computador de Frederico Pinheiro. "Sobre essa matéria já disse tudo o que tinha a dizer", afirmou. "Eu devo respeitar a Assembleia da República, que é o que todos deveriam fazer, e deixar a comissão de inquérito fazer o seu trabalho."
Apesar disso, o primeiro-ministro não resistiu a deixar dois recados. Um sobre a TAP: "Esta comissão parlamentar de inquérito foi criada com um objetivo muito específico, que foi analisar a gestão da TAP entre 2020 e 2022, a pretexto de uma situação que foi o acordo de rescisão uma pessoa. Tenho verificado que, entretanto, a comissão parlamentar de inquérito tem evoluído naquilo que analisa e, sobretudo, a atenção da comunicação social já se desinteressou daquilo que foi a origem da comissão e já passou para outros temas." O primeiro-ministro prefere aguardar pelas concluões da CPI para se pronunciar.
Outro sobre a atuação do SIS: "Temos serviços de informações que ao longo de décadas têm primado por um grande profissionalismo, um grande rigor, e eu não me recordo de alguma vez ter sido apontada alguma falha à atuação dos serviços de informações, e isso tem sido muito bom para a democracia portuguesa. Além disso, tem sido tradição dos govenros, e seguramente tem sido prática do meu governo, fazer escolhas muito criteriosas quanto a quem dirige os serviços de informações, para ser garantia da sua isenção, da sua imparcialidade, o seu escrupuloso respeito da legalidade". Costa confirmou assim a sua total confiança nas pessoas que estão à frente destes serviços, terminando com: "Nao vale a pena alimentar polémicas onde elas não existem".