Victoria Kjaer Theilvig, da Dinamarca, foi coroada Miss Universo 2024, tornando-se a primeira dinamarquesa a vencer a competição. A jovem de 21 anos, bailarina, empreendedora e aspirante a advogada, derrotou mais de 120 concorrentes e venceu, este sábado, o concurso anual de beleza na Cidade do México.
Victoria foi aplaudida pelas outras concorrentes no palco ao aceitar a tiara da atual detentora do título, Sheynnis Palacios, da Nicarágua.
A final deste ano contou com uma atuação do cantor Robin Thicke e foi apresentada pelo protagonista de de "Saved by the Bell", Mario Lopez, e pela ex-Miss Universo Olivia Culpo.
O concurso começou com as concorrentes a serem reduzidas a uma lista de 30, com base nos resultados do evento preliminar de quinta-feira. As semifinalistas desfilaram depois em fatos de banho, antes de 12 delas avançarem para um concurso de vestidos de cerimónia.
As cinco finalistas enfrentaram, mais tarde, a habitual ronda de perguntas sobre uma série de temas, incluindo liderança e resiliência. Quando questionada sobre como viveria se ninguém a julgasse, Theilvig disse aos juízes que não mudaria nada, vincando: "Eu vivo uma dia de cada vez".
Já durante a cerimónia, quando questionada sobre o que diria aos espectadores, Theilvig pediu que “continuassem a lutar… não importa de onde venham”.
“Estou aqui hoje porque quero uma mudança, quero fazer história, e é isso que estou a fazer esta noite”, vincou a jovem dinamarquesa.
Chidimma Adetshina da Nigéria, terminou como primeira vice-campeã e Maria Fernanda Beltran, do México, foi nomeada segunda vice-campeã, completando o pódio da edição deste ano. Seguiram-se Suchata Chuangsri, da Tailândia, e Ileana Marquez Pedroza, da Venezuela. Pedroza, uma mãe de 28 anos, fez história ao figurar entre as cinco primeiras depois da competição ter removido várias restrições nos últimos anos, incluindo o acesso de mães ao concurso.
O concurso deste ano foi o primeiro na sua história de 72 anos do Miss Universo em que mulheres com mais de 28 anos foram autorizadas a participar. Mais de duas dúzias de finalistas eram mais velhas do que aquilo que fora permitido nos anos anteriores. Beatrice Njoya, de Malta, foi a primeira e, até agora única, mulher na faixa dos 40 anos a chegar à grande final.
O fim do limite de idade aconteceu depois de vários apelos para que o concurso se modernizasse. Antes da edição de 2023, a Miss Universe Organization também suspendeu uma proibição de longa data para mulheres grávidas ou mães, e mulheres que são — ou já foram — casadas.
Os delegados de cada país foram selecionados através de concursos locais que licenciam os direitos da Miss Universe Organization nas suas respetivas regiões. O concurso deste ano viu Cuba, representada por Marianela Ancheta, regressar à competição, o que não acontecia desde 1967. Vários países, incluindo Bielorússia, Eritreia e Emirados Árabes Unidos, enviaram concorrentes pela primeira vez, embora em abril a Miss Universe Organization tenha tentado dissipar aquilo que chamou de relatórios "falsos e enganosos" de que a Arábia Saudita deveria fazer a sua estreia no concurso de 2024.
Alguns concursos nacionais ficaram, no entanto, marcados por controvérsias na preparação para a final deste ano — incluindo o Miss Universo África do Sul, em que Adetshina desistiu da competição (e mais tarde foi selecionada para representar a Nigéria) depois de terem sido levantadas questões sobre a sua nacionalidade, o que gerou uma onda de hostilidade xenófoba.
Em dezembro do ano passado, a diretora do concurso Miss Universo Nicarágua, Karen Celebertti, renunciou poucas semanas depois de Palacios ter assumido a coroa. O episódio aconteceu no meio de acusações de conspiração e traição. Celebertti, juntamente com o seu marido e filho, foram acusados de envolvimento num complô para derrubar o governo.
Nem Celebertti nem o governo nicaraguense responderam ao pedido de comentário da CNN.