Presidente do Parlamento venezuelano pede prisão para os líderes da oposição enquanto eles discursavam para milhares nas ruas de Caracas

Agência Lusa , MJC
30 jul 2024, 23:55
Maria Corina Machado e Edmundo Gonzalez, líderes da oposição na Venezuela, discursam para uma multidão nas ruas de Caracas (AP)

Ao mesmo tempo que Jorge Rodríguez falava no Parlamento, González Urrutia e María Corina Machado fizeram um comício com vários milhares de pessoas numa zona de Caracas

O presidente do Parlamento venezuelano, Jorge Rodríguez, pediu esta terça-feira a prisão do candidato da principal coligação da oposição, Edmundo González Urrutia, e da dirigente anti-chavista María Corina Machado, os quais responsabilizou por “conspiração fascista” contra as eleições presidenciais,

Rodríguez, também chefe do comando de campanha do chavismo, disse que o Ministério Público (MP, Fiscalía) “tem que agir” para colocar os dois opositores “na cadeia”, que, defendeu, “ordenaram e pagaram” a criminosos “viciados em drogas” para “aterrorizar” a população.

Enquanto Rodríguez comparecia no Parlamento, González Urrutia e Machado fizeram um comício com vários milhares de pessoas numa zona de Caracas, onde pediram aos cidadãos que estavam a exigir a ata da votação de domingo - com a qual, afirmam, será possível provar que a oposição derrotou Maduro por uma larga margem - que continuem a exigir saber a verdade de forma pacífica.

“González Urrutia é o chefe da conspiração fascista que estão a tentar impor na Venezuela”, disse Rodríguez durante a sessão da legislatura controlada pelos chavistas, durante a qual também apontou a equipa de campanha do ex-embaixador como o “comando da ação violenta” para “tentar semear uma guerra civil” no país.

Questionou ainda os resultados que a oposição maioritária, agrupada na Plataforma Unitária Democrática (PUD), afirma ter e que, segundo este setor, dão uma vitória “esmagadora” à sua candidata. “Em quatro horas, posso inventar 100 milhões de minutos em que 100% das pessoas do planeta afirmam que María Corina Machado é fascista”, disse o dirigente da AN, que qualificou as declarações da PUD de “tretas”.

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