Observatório explica que “os professores na Venezuela enfrentam grandes obstáculos no exercício da sua profissão”
Mais de metade dos docentes vivem abaixo da linha de pobreza, denunciou uma organização não governamental (ONG) da Venezuela, país onde há cada vez mais professores a abandonar a profissão devido aos baixos salários.
“Mais da metade dos docentes da Venezuela vivem abaixo do limiar da pobreza. Hoje [sábado], no Dia Mundial do Professor, reconhecemos a sua luta por salários justos e condições de trabalho dignas. É urgente que o Estado responda às suas exigências e garanta o direito à educação”, afirmou o Observatório de Direitos Humanos da Universidade de Los Andes.
Na rede social X (antigo Twitter), o Observatório explica que “os professores na Venezuela enfrentam grandes obstáculos no exercício da sua profissão”.
“Os salários irrisórios, a falta de segurança social e as condições precárias das infraestruturas educativas limitam a sua capacidade. Apesar disso, continuam a desempenhar uma tarefa fundamental: educar as gerações futuras”, sublinha o ONG.
Segundo a imprensa venezuelana, a Venezuela tinha, em 2021 mais de 669 mil professores, um número que caiu para 502 mil nos últimos três anos. Como motivo da deserção estão os baixos salários e a precárias condições laborais.
Segundo o Centro de Documentação e Análise da Federação Venezuelana de Professores (CENDAS-FVM, sigla em castelhano) o salário médio oficial de um docente na Venezuela é de 21 dólares (19,12 euros) e o cabaz básico alimentar para uma pessoa era de 107,80 dólares (98,16 euros).
Os professores venezuelanos protestam com frequência para exigir melhores salários.