Manuel Carmo Gomes, perito da comissão técnica de vacinação, adianta à CNN Portugal que a existir mais uma dose será só para grupos de risco. Mas mesmo em relação a esses nada está decidido. Hoje, os peritos avaliam o estado da pandemia para depois António Costa anunciar o fim de algumas medidas restritivas
Portugal não vai avançar para já com a quarta dose da vacina anti-covid-19, apurou a CNN Portugal. Os peritos da Comissão Técnica de Vacinação da Direção-geral da Saúde consideram que, neste momento, não há dados que justifiquem avançar com uma outra dose de reforço na população portuguesa, mesmo em relação aos mais velhos.
No entanto, quanto a estes últimos os peritos admitem que possam ter de ser imunizados mais tarde. O assunto tem sido debatido entre os elementos que integram aquela comissão. “Não é provável que venha a haver uma 4ª dose generalizada. É mais provável apenas para grupos específicos”, confirma à CNN Portugal Manuel Carmo Gomes, epidemiologista e membro daquela comissão.
Entre as questões que estão a ser analisadas é, caso se avance com a vacinação de grupos de risco, a melhor altura para o fazer: se no início do inverno ou antes, para que possa existir já alguma imunidade quando surgir a fase mais preocupante para estes vírus.
Outra os temas em análise é o tipo de vacina a dar no futuro. Ou seja, se se deve apostar numa vacina dirigida especificamente à Ómicron ou noutras mais polivalentes com eficácia em várias variantes. Os laboratórios, tanto a Pfizer como a Moderna. estão, neste momento, a realizar ensaios clínicos com estas várias possibilidades e a comissão ténica de vacinação aguarda os resultados antes de tomar decisões. Os estudos poderão estar concluídos antes do verão.
Hoje de manhã decorre mais uma reunião do Infarmed que junta os peritos para avaliar o estado da pandemia no país. Com base nesta reunião, o Governo de António Costa irá depois anunciar aos portugueseso fim de algumas das medidas restritivas.
