O aviso de Von der Leyen a Xi Jinping sobre o fornecimento de armas à Rússia e as respostas "vagas" do presidente chinês

CNN Portugal , HCL
6 abr 2023, 19:03
Xi e Von der Leyen

Von der Leyen salientou que armar o agressor seria contra o direito internacional e apelou à China para que não fornecesse qualquer equipamento militar à Rússia, “direta ou indiretamente”

A presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen disse ter avisado o líder chinês Xi Jinping para não fornecer armas à Rússia, sob prejuízo de isso ter um impacto "significativo" nas relações da China com a UE.

De acordo com a agência Reuters, após uma reunião com Xi em Pequim, Von der Leyen disse que Xi lhe tinha dado uma resposta “vaga”, dizendo que contactaria o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky na “altura certa”. Von der Leyen salientou que armar o agressor seria contra o direito internacional e apelou à China para que não fornecesse qualquer equipamento militar à Rússia, “direta ou indiretamente”.

"Nós contamos com a China para que não forneça qualquer equipamento militar, direta ou indiretamente, à Rússia, porque todos sabemos que armar o agressor seria contra o direito internacional", disse Von der Leyen aos jornalistas após a reunião com Xi. "Isto iria de facto prejudicar significativamente a relação entre a União Europeia e a China."

Von der Leyen também expressou o seu apoio a Zelensky e mencionou que tinha pedido a Xi que falasse com o presidente ucraniano, tendo considerado a vontade do presidente chinês em abrir uma linha de diálogo, ainda que “vaga”, como um “desenvolvimento positivo”.

À presidente da Comissão Europeia, Xi Jinping afirmou que a China e a UE devem estabelecer uma “correta compreensão mútua e evitar mal-entendidos e julgamentos errados”.

Xi tem sido um dos poucos líderes mundiais que não contactou nem visitou Zelensky desde o início do conflito. Em vez disso, manteve múltiplas conversas e visitas com o presidente russo Vladimir Putin. Na mesma linha, Von der Leyen apelou à China que utilize a sua "amizade de décadas" com a Rússia para exercer influência e ser claro nas suas mensagens a Moscovo.
 

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