Vários países do bloco, como Itália e Espanha, já exigem esta medida
A União Europeia está a alinhar os últimos detalhes de um acordo que prevê a exigência de testes negativos à covid-19 aos viajantes que chegam ao seu território provenientes da China.
De acordo com o jornal espanhol El País, vários especialistas da área da saúde reuniram-se esta terça-feira em Bruxelas para propor a adoção de uma exigência semelhante à já existente em alguns países do bloco. A decisão final deve ser tomada esta quarta-feira, adianta a mesma publicação.
Para além dos testes, os especialistas querem também a monitorização das águas dos aeroportos e aviões, bem como a sequenciação do vírus em novas infeções, de modo a detetar possíveis novas variantes.
Atualmente, vários países europeus já exigem medidas semelhantes. Itália foi o primeiro país a apertar as restrições, passando a obrigar a apresentação de um teste antigénio negativo. Espanha requisitou uma medida semelhante, podendo também ser apresentado um certificado de vacinação.
A partir desta quarta-feira, também os passageiros oriundos da China e com destino a França vão necessitar de fazer um teste 48 horas antes da partida e ainda outro à chegada. "Estamos a fazer o nosso papel, o meu governo está a fazer o seu papel, que é proteger os franceses", afirmou a primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, à rádio France Info.
Pequim já veio criticar estas decisões. "Acreditamos que as restrições de entrada adotadas por alguns países que visam a China carecem de base científica, e algumas práticas excessivas são ainda mais inaceitáveis", afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, citada pela Associated Press.
"Opomo-nos firmemente às tentativas de manipulação das medidas covid para fins políticos e tomaremos contramedidas com base no princípio da reciprocidade", completou.
O diário espanhol escreve, também, que a oferta de vacinas contra o coronavírus feita pela União Europeia à China continua sem resposta por parte das autoridades chinesas.