Numa curta declaração ao país, o presidente ucraniano diz ainda que está à espera de "passos claros e eficazes" dos seus aliados
Volodymyr Zelensky já reagiu às declarações de Vladimir Putin, que anunciou o reconhecimento das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, na região ucraniana de Donbass.
Numa curta declaração ao país, cinco horas depois de o homólogo russo ter feito o anúncio que abre caminho à invasão da Ucrânia, Zelensky começou por dizer que as fronteiras do país "vão manter-se como estão, apesar das declarações russas".
"Não vamos dar nada a ninguém", afirmou, dizendo ainda estar à espera de "passos claros e eficazes" dos aliados.
Considerando a posição de Moscovo uma "violação da integridade e soberania do território ucraniano", Zelensky garantiu que Kiev "está preparada para o que der e vier há muito tempo", não tendo também dúvidas de que esta posição constitui a "retirada total da Rússia dos acordos de Minsk".
Apesar de tudo, a Ucrânia não quer a guerra e pediu já uma reunião de emergência entre os quatro que lideraram e mediaram os acordos de Minsk, referindo-se ainda à França e Alemanha.
"Queremos a paz", afirmou, sublinhando que a Ucrânia "apoia acordos políticos e diplomáticos".
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu hoje a independência dos territórios separatistas pró-Rússia de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, permitindo o apoio militar de Moscovo a estas autoproclamadas repúblicas.
Horas mais tarde, Putin ordenou a mobilização do exército russo para “manutenção da paz” nos territórios separatistas.
