Em 2021, o prémio, que tem um valor pecuniário de 50 mil euros, tinha sido atribuído ao líder da oposição russa, Alexei Navalny
A União Europeia distinguiu o povo ucraniano com o prémio Sakharov de direitos humanos, anunciou esta quarta-feira o Parlamento Europeu (PE).
“Em 2022, o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento foi atribuído ao corajoso povo ucraniano, representado pelos seus líderes eleitos e sociedade civil”, anunciou Metsola, perante a sessão plenária do PE.
Entre os finalistas conhecidos estava também a Comissão da Verdade da Colômbia e o cofundador da WikiLeaks Julian Assange.
O Parlamento Europeu atribui anualmente, desde 1988, o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento a indivíduos ou organizações que se destacam pela sua contribuição para a defesa dos direitos humanos e da democracia.
O físico russo Andrei Dmitrievich Sakharov (1921-1989), galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 1975, ficou célebre, inicialmente, como o pai da bomba de hidrogénio soviética. Preocupado com as consequências do seu trabalho para o futuro da humanidade, procurou sensibilizar o mundo para os perigos de uma corrida ao armamento nuclear. Obteve um êxito parcial com a assinatura do tratado de proibição de ensaios nucleares em 1963. Em 1970, fundou um comité para defender os direitos humanos e as vítimas de julgamentos políticos. Segundo o Parlamento Europeu, "o prémio que ostenta o seu nome vai muito além das fronteiras, mesmo das dos regimes opressivos, para recompensar ativistas e dissidentes, defensores dos direitos humanos, em todo o mundo".
Em 2021, o prémio, que tem um valor pecuniário de 50 mil euros, foi atribuído ao líder da oposição russo, Alexei Navalny, pela sua luta contra a corrupção e os abusos de poder no Kremlin, que foi representado pela filha por estar detido na Rússia.